"[O Governo] deve negociar e encontrar a forma de concretizar este objetivo e este direito inalienável, que é, se se trabalhou, o tempo contou e [o trabalhador] deveria ser ressarcido", disse.
Jerónimo de Sousa falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde realizou uma visita a explorações agrícolas, frutícolas, bem como a uma barragem para ficar a para ficar a par dos problemas causados nesta região pela seca.
Questionado pelos jornalistas sobre as reivindicações dos professores para que lhes sejam repostas as verbas relativas aos nove anos de serviço que foram congelados, Jerónimo de Sousa explicou que PCP defende "a ideia fundamental de que quem tem o direito à reposição do tempo de trabalho deve ter essa reposição" e acrescentou que a mesma deve abranger todos os profissionais que tenham sido alvo de congelamentos.
"Quem tem o direito à reposição do tempo de trabalho deve ter essa reposição e estamos a falar de professores, estamos a falar das forças policiais, estamos a falar das forças de segurança, designadamente da GNR, estamos a falar de trabalhadores da área judicias", apontou.
Ainda assim, Jerónimo de Sousa valorizou ainda o facto de estar a decorrer fase de negociação da contratação coletiva com os sindicatos dos professores e salientou o que é com as organizações sindicais que o Governo deve negociar esta matéria.
Sobre as demais opções para o Orçamento do Estado, o líder comunista reiterou que tem se se manter o caminho da reposição de direitos, frisou que o Governo tem de fazer opções e disse que não entende a afirmação do ministro das Finanças quanto a não aceitar propostas que ponham em causa contas públicas.
"Não sou capaz de entender em toda a dimensão essa afirmação [de Mário Centeno]. Nós não estamos a pôr em causa as contas públicas. Nós consideramos é que o Governo, naturalmente, tem de fazer opções. Põe em causa as contas públicas aumentar em 10 euros as pensões e as reformas? Põe em causa as contas públicas aliviar o IRS das famílias com menos rendimentos e taxar com a derrama em 02% as empresas que têm lucros superiores a 30 milhões de euros, é isto que é pôr em causa as contas públicas?", questionou.
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