“Este valor é o segundo mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014”, refere o Banco de Portugal (BdP), detalhando que o crédito concedido a jovens até 35 anos representou 48% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em novembro.
Relativamente aos juros cobrados, em novembro, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação foi de 3,29% (3,40% em outubro), recuando pelo décimo terceiro mês consecutivo e atingindo o valor mais baixo desde janeiro de 2023.
Já a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,11 pontos percentuais, para 3,18%, enquanto nos contratos renegociados a taxa de juro média também decresceu 0,11 pontos, para 3,65%.
No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do diminuiu 0,06 pontos percentuais, para 3,44%, apresentando Portugal a sétima taxa de juro média mais baixa e ficando abaixo da média da área do euro.
Em novembro, 76% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista (com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período com taxa de juro variável), tendo o peso dos contratos a taxa mista diminuído um ponto percentual relativamente a outubro.
No mês em análise, os contratos a taxa mista representavam 32% do ‘stock’ de crédito à habitação.
A taxa de juro média das novas operações a taxa mista foi de 3,06% em novembro, menos 0,08 pontos percentuais do que no mês anterior, tendo as novas operações a taxa variável e a taxa fixa apresentado taxas de juro médias mais elevadas (3,93% e 3,56%, respetivamente), mas com maiores reduções (-0,24pp e -0,09pp, respetivamente) do que as novas operações a taxa mista.
Quanto à prestação média mensal dos créditos à habitação, diminuiu três euros, para 417 euros em novembro, o valor mais baixo desde novembro de 2023.
Os dados divulgados hoje pelo banco central indicam ainda que, em novembro, o total das novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) foi de 2.982 milhões de euros, menos 106 milhões do que em outubro.
Considerando apenas os novos contratos de crédito, diminuíram 77 milhões de euros, para 2.423 milhões, sendo que os novos contratos nas finalidades de consumo e outros fins decresceram 43 e 24 milhões de euros, para 540 e 216 milhões de euros, respetivamente.
Quanto às renegociações de crédito, diminuíram 28 milhões de euros, para 559 milhões, “em grande parte” devido às renegociações de crédito à habitação, que decresceram 27 milhões de euros para 521 milhões.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações passou de 8,91% em outubro para 8,71% em novembro, enquanto nos empréstimos para outros fins a taxa de juro média desceu 0,30 pontos percentuais para 4,03%.
Relativamente aos empréstimos concedidos às empresas, em novembro, o montante de novas operações foi de 2.167 milhões de euros, menos 139 milhões face a outubro.
Segundo o BdP, esta descida resultou maioritariamente dos contratos renegociados, que decresceram 105 milhões de euros, para 232 milhões de euros, enquanto os novos contratos diminuíram 34 milhões de euros, para 1.935 milhões.
A taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas decresceu 0,11 pontos percentuais, passando de 4,57%, em outubro, para 4,46% em novembro.
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