O trabalho – elaborado em março pela Nova IMS (Information Management School) e pela Qdata-Recolha e Tratamento de Dados – pretendeu avaliar os hábitos de consumo de combustível dos portugueses, desde a frequência de abastecimento ao valor médio da despesa por abastecimento, preferência por tipo de combustível e razões da escolha de um combustível com aditivos.
De acordo com as conclusões do trabalho, a que a agência Lusa teve acesso, 51% dos inquiridos refere abastecer apenas em postos de combustível de marca e apenas 12% afirma utilizar também os postos ‘low cost’ (sem marca e com preços mais reduzidos).
“Menos de um quarto dos entrevistados refere recorrer a postos ‘low cost’ sete ou mais vezes em cada dez vezes que abastece a sua viatura”, nota, precisando que “este comportamento é igualmente verificado na segmentação por género e por classe etária”.
Do trabalho resulta ainda que cerca de 45% dos condutores abastece a viatura entre uma a duas vezes por mês, sendo que metade gasta menos de 40 euros por abastecimento e apenas 20% indica gastar 60 euros ou mais cada vez que abastece o veículo.
Numa análise por género, verifica-se que cerca de 42% das mulheres e 47% dos homens referem abastecer o veículo até duas vezes por mês, sendo que 56% dos homens e 46% das mulheres dizem abastecer o veículo com menos de 40 euros por cada ida ao posto de combustível.
Notória é uma diminuição da frequência de abastecimentos e um aumento do valor por abastecimento à medida que aumenta a idade do condutor.
“Mais quilómetros por depósito, ter descontos e a limpeza do motor são os aspetos considerados mais importantes na escolha de um combustível com aditivos”, conclui ainda o estudo, segundo o qual “mais de 60% dos entrevistados concordam bastante ou totalmente que um combustível melhorado com aditivos influencia os vários aspetos relacionados com o veículo”, desde aumentar a potência e o rendimento a reduzir os gastos com manutenção, limpar o motor, reduzir as emissões poluentes e poupar no combustível.
De acordo com o trabalho, “mais de 90% dos condutores concordam bastante ou totalmente que o cuidado com o veículo e o tipo de condução podem influenciar o rendimento do motor”, sendo que a publicidade no posto de abastecimento (29%) e a televisão (27%) são apontados como os principais meios pelos quais tomaram conhecimento dos argumentos para utilização de combustível aditivado, além dos familiares, amigos ou colegas (21%) e da Internet (19%).
No que diz respeito às distâncias percorridas pelos condutores, verifica-se que cerca de 48% efetua até 10.000 quilómetros por ano, com as mulheres a afirmarem percorrer mais quilómetros do que os homens (56% das mulheres e apenas 24% dos homens dizem fazer mais de 10.000 quilómetros por ano) e os homens a demonstrarem uma menor perceção dos quilómetros efetuados.
Os mais jovens e os mais velhos percorrem menos quilómetros por ano e os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos têm uma menor perceção da distância percorrida por ano (13%).
O estudo foi feito com base em 2.009 entrevistas a cidadãos portugueses com idades entre os 18 e os 65 anos.
Há dois anos que os postos de abastecimento em Portugal passaram a vender combustíveis simples (sem aditivos), também conhecidos como ‘low cost’.
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