"Isso, a confirmar-se, pode ser um travão ou uma desaceleração da recuperação económica", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, à saída Reitoria da Universidade de Lisboa.
O chefe de Estado tinha sido questionado sobre o anúncio feito na quarta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) de que o preço da eletricidade vai voltar a aumentar, a partir de 01 de outubro, em 1,05 euros por mês para a maioria dos clientes doméstico do mercado regulado.
Na resposta, o Presidente da República disse que "as economias de todo o mundo já há algum tempo que estavam a chamar a atenção para o problema do aumento do custo da energia" e que houve quem antecipasse efeitos "na vida das pessoas, mas também na economia, também na produção", realçando que "isso pode ter consequências, por exemplo, na inflação".
"Vamos ver o que é que se vai passar. Sei que é uma preocupação ampla. Ainda agora em Roma ouvi essa preocupação de vários países, de estar a ver-se finalmente chegar aos preços da eletricidade em geral, da energia, aquilo que foi o aumento na origem ", acrescentou, referindo-se à reunião de chefes de Estado da União Europeia do Grupo de Arraiolos em que participou na quarta-feira.
Questionado sobre o projeto de lei do PSD hoje aprovado na generalidade, com a abstenção do PS, para que o Tribunal Constitucional passe de Lisboa para Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar este assunto até eventualmente lhe chegar às mãos um diploma para promulgação: "Vou esperar e depois logo vejo".
O Presidente da República não quis também fazer qualquer comentário sobre a utilização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) como tema de campanha para as eleições autárquicas de 26 de setembro.
"Estar a dar uma opinião era falar da campanha eleitoral, estamos a precisamente oito dias do termo da campanha eleitoral. Não o fiz até agora, não o vou fazer", afirmou.
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