“Quero explorar todas as vias disponíveis para combater as mudanças climáticas”, disse, numa entrevista em vídeo.
Segundo o jornal, esta é a primeira vez que Lagarde assume compromissos para implementar uma agenda mais “verde” nas ações do banco e que a medida tornaria o BCE o primeiro dos principais bancos centrais a usar um programa de compra de ativos com este objetivo.
O Banco, disse Lagarde ao FT, “precisa de analisar todas as linhas de negócios e operações para enfrentar as mudanças climáticas, porque no final do dia, o dinheiro fala mais alto”.
O BCE vai analisar formas de abordar as mudanças climáticas no âmbito da revisão estratégica lançada por Lagarde no início do ano e que recomeçou recentemente após ter sido suspensa quando a pandemia covid-19 surgiu em março.
Ativistas ambientais têm feito pressão sobre o BCE para alterar o programa de compra de ativos e vender obrigações “castanhas”, emitidas por empresas cuja atividade ainda produzir emissões de carbono elevadas, e aumentar as compras de títulos “verdes”.
No sábado, a economista já tinha previsto que a crise económica vai “mudar profundamente” a economia e conduzir a mais ecologia, mais digitalização e à alteração de métodos de trabalho, e que a Europa está em “excelente posição”.
“Na produção, no trabalho e no comércio, o que estamos a viver acelerará as transformações e provavelmente levará a uma evolução em direção a um modo de vida mais sustentável e mais verde”, disse, durante uma intervenção por videoconferência nas reuniões económicas de Aix-en-Seine, em Paris.
Perante estas transformações, “a Europa está numa posição excelente para pôr em marcha esta transição”, disse, sublinhando que o continente “já abriga o maior setor de economia circular e de inovação ecológica do mundo”, e que o euro foi a primeira moeda usada para a emissão de títulos verdes.
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