Este resultado contrasta com o défice comercial de julho do ano passado, de 254,9 mil milhões de ienes (cerca de dois mil milhões de euros), indicou o Ministério das Finanças japonês.

Em julho, as exportações do país caíram 19,2% em comparação com o mesmo período de 2019 para 5,4 mil milhões de ienes (cerca de 43 mil milhões de euros), enquanto as importações diminuíram 22,3% para 5,3 mil milhões de ienes (42,5 mil milhões de euros).

Por países, o Japão registou com a China, o maior parceiro comercial, um défice de 127,4 mil milhões de ienes (cerca de mil milhões de euros), ou menos 66,9% no período homólogo.

Com a primeira economia mundial e segundo parceiro comercial, os Estados Unidos, Tóquio alcançou um excedente de 512,5 mil milhões de ienes (cerca de quatro mil milhões de euros), ou 11,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Com o terceiro parceiro comercial, a União Europeia, o Japão contabilizou um défice de 212,4 mil milhões de ienes (1,7 mil milhões de euros), ou 65,7% menos que o saldo negativo de julho de 2019.

Nas trocas comerciais com o Brasil, o país asiático alargou o défice 9,5% para 29,2 milhões de ienes (231 milhões de euros).

Na segunda-feira, o Governo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 7,8% entre abril e junho, em relação ao trimestre anterior, e 27,8% em termos anuais, a maior queda desde que há registos.

A contração no segundo trimestre do ano segue-se a uma redução de 0,6% entre janeiro e março, quando a terceira maior economia do mundo entrou em recessão técnica, devido à pandemia de covid-19.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos, com a possibilidade de a economia mundial cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos e de 10,2% na zona euro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).