A variação nula de 2020 sucede a uma taxa de 0,3% registada no conjunto do ano de 2019. Segundo o INE, excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média também foi nula (0,5% no ano anterior).
“A diminuição da taxa de variação do IPC entre 2019 e 2020 foi influenciada pelo comportamento da inflação subjacente e pela evolução negativa dos preços dos produtos energéticos, que registaram variações médias anuais de, respetivamente, 0,0% e -5,0% (0,5% e -1,8% em 2019). Os preços dos produtos alimentares não transformados aumentaram 4,0% em 2020, acima do observado no ano anterior (0,9%)”, justifica o instituto.
Em 2020, continua, e tal como verificado em anos anteriores, observou-se ainda um crescimento médio anual mais elevado dos preços dos serviços que o dos bens.
Com efeito, em 2020, os preços dos serviços aumentaram 0,7% (variações de 1,2% e 1,7%, respetivamente em 2019 e 2018) enquanto a taxa de variação média dos preços dos bens foi -0,5% (-0,3% e 0,5% em 2019 e 2018), sinaliza.
Em dezembro de 2020, o IPC registou uma variação homóloga de -0,2%, taxa idêntica à observada em novembro e excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a variação homóloga foi -0,1% (-0,2% no mês anterior).
Em termos mensais, o IPC apresentou uma variação de -0,1% em dezembro (-0,3% no mês anterior e -0,1% em dezembro de 2019).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação média de -0,1% em 2020 (0,3% no ano anterior).
A taxa de variação homóloga situou-se em -0,3% em dezembro, taxa superior em 0,1 pontos percentuais à observada em novembro de 2020 e idêntica à estimada pelo Eurostat para a área do euro.
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