"O produto interno bruto (PIB) registou no segundo trimestre de 2018 uma taxa de variação homóloga de 2,3% (2,1% no trimestre anterior)", refere o INE nas contas nacionais trimestrais hoje divulgadas.
"Comparativamente com o primeiro trimestre de 2018, o PIB aumentou 0,5% em termos reais (0,4% no trimestre anterior)", acrescenta.
Na estimativa rápida publicada em 14 de agosto, o INE tinha divulgado que o PIB tinha crescido 2,3% em termos homólogos e 0,5% em cadeia.
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou para 2,9 pontos percentuais (2,6 pontos percentuais no trimestre anterior), em resultado da aceleração do consumo privado, enquanto o investimento apresentou um crescimento menos acentuado, determinado em larga medida pela diminuição da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em material de transporte, refletindo o efeito base da forte aceleração verificada no segundo trimestre de 2017", adianta o INE.
No segundo trimestre, o PIB registou uma taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada nos três meses anteriores.
"O consumo privado (despesas de consumo final das famílias residentes e das instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias) aumentou 2,6% em termos homólogos, mais 0,5 pontos percentuais que no trimestre anterior, enquanto o consumo público apresentou uma variação homóloga de 0,4% (0,3% no trimestre anterior)", adianta o INE.
"O investimento desacelerou, passando de um crescimento homólogo de 7,1% no primeiro trimestre para 6,4%", acrescentou.
A procura externa líquida "apresentou um contributo ligeiramente mais negativo (-0,7 pontos percentuais)", aponta o INE, "refletindo a aceleração ligeiramente superior das importações de bens e serviços em comparação com a das exportações de bens e serviços".
Relativamente aos primeiros três meses do ano, a economia cresceu 0,5%, sendo que "o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou ligeiramente no segundo trimestre (0,9 pontos percentuais)".
O contributo da procura externa líquida continuou inalterado (-0,4 pontos percentuais).
"Comparando com a estimativa rápida para o segundo trimestre [publicada em 14 de agosto], a nova informação de base incorporada, nomeadamente os deflatores do comércio internacional de bens, não implicou revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB", refere o INE.
No que respeita ao consumo privado de residentes, este acelerou em volume no segundo trimestre, "passando de um crescimento homólogo de 2,1%, no primeiro trimestre, para 2,6%".
O INE salienta que "o consumo privado na ótica do território continuou a registar crescimentos mais intensos (3,4%) que o consumo de residentes, em resultado do comportamento das despesas efetuadas em Portugal por não residentes (turistas)".
As despesas de consumo final das famílias residentes de bens não duradouros e serviços registaram uma variação homóloga de 1,9%, em termos reais, contra 2% do trimestre anterior.
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