“É possível que uma parte da explicação esteja no comportamento das exportações no final do ano, devido à greve dos estivadores no Porto de Setúbal que teve um impacto nos meses de novembro e dezembro” de 2018, afirmou o governante em conferência de imprensa em Lisboa.
Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB português aumentou 2,1% em 2018, menos 0,7 pontos percentuais do que o observado no ano anterior.
O INE justifica que “esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do investimento”.
O ministro da Economia destacou que o crescimento do PIB mostra “que Portugal continua a crescer significativamente, acima da média da zona europeia e da zona euro”.
Pedro Siza Vieira disse ainda que o comportamento da economia no ano passado “também explica o grande dinamismo do mercado do emprego” e refletiu-se na “grande confiança dos investidores” em matéria económica.
A previsão do Governo de uma expansão de 2,3% do PIB no conjunto de 2018 era mais otimista do que a previsão da Comissão Europeia, de 2,1%, e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 2,2%.
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