Desde 2012, altura em que Hollande foi eleito, que as autoridades francesas apresentam previsões de défices intencionalmente falsas, com a aprovação de Durão Barroso e Jean-Claude Juncker. O dito "acordo secreto" permitiu à França escapar sempre a sanções por défice excessivo.
Segundo o semanário, a existência do acordo é confirmada pelo próprio presidente francês, François Hollande, no livro “Um presidente não deveria dizer isso”, da autoria de Gérard Davet e Fabrice Lhomme, ambos jornalistas do Le Monde.
A obra tem por base cinco anos de investigação, 61 entrevistas e mais de uma centena de horas de conversas com François Hollande.
Escrevem os autores da obra que “durante todo o quinquénio, as autoridades francesas apresentaram com efeito previsões do défice intencionalmente falsas, e isso com a aprovação das próprias autoridades europeias”, cita o Eco. “Eles (na Comissão) disseram-nos: o que vos pedimos é que apontem para 3% e o que vos concederemos é uma certa bondade sobre o ritmo da vossa trajetória”, admitiu Hollande à dupla de jornalistas.
O líder francês adiantou que a Comissão sabia que França não atingiria o limite dos 3% e que o "acordo secreto" visava inibir os restantes países da união de pedir exceções no que toca ao Procedimento por Défices Excessivos.
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