No plano estratégico da EDP 2019-22, apresentado hoje aos investidores e analistas em Londres, a empresa refere a intenção de encaixar mais de 2.000 milhões de euros com a venda de negócios não estratégicos para o grupo, identificando sobretudo ativos em regime de mercado e centrais térmicas em Portugal e Espanha.
Esta alienação de ativos deverá ser concretizada "nos próximos 12 a 18 meses”, indica o documento divulgado hoje ao mercado, que prevê ainda um investimento total de 12.000 milhões de euros nos próximos quatro anos, que deverá ser destinado essencialmente ao reforço da produção renovável.
Além disso, a EDP propõe-se a acelerar o modelo de rotação de ativos, estratégia que tem vindo a concretizar nos últimos anos, e que permitirá um encaixe de 4.000 milhões de euros.
Na apresentação aos analistas, António Mexia referiu que “a EDP está numa boa posição para capitalizar a transição energética”, referindo a meta de ter 90% de produção renovável em 2030, valor que compara com 66% em 2018.
A EDP anunciou hoje que pretende investir 2.900 milhões de euros por ano até 2022, o que representa um reforço de cerca de 60% face ao plano de investimento anterior.
De acordo ao plano estratégico enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere 75% do investimento previsto para os próximos quatros anos será em energias renováveis.
Os Estados Unidos serão o principal destino do investimento (40%), seguido pela Europa (35%) e Brasil (25%).
No último quadro de investimento (2016-2010), a EDP estimou um investimento médio anual de 1.800 milhões de euros, que deverá subir para 2.900 milhões, segundo o plano que está a ser apresentado aos investidores e analistas, em Londres.
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