
“Provavelmente, vou dizê-lo a 2 de abril, mas será de cerca de 25%”, afirmou o líder republicano, que anunciou a 14 de fevereiro a sua intenção de impor estas taxas à indústria automóvel.
Trump acrescentou que, no caso dos semicondutores e dos produtos farmacêuticos, as tarifas serão de 25% ou mais “e vão aumentar muito substancialmente ao longo do ano”.
“A União Europeia tem sido muito injusta para connosco. Temos um défice de 350 mil milhões de dólares. Não aceitam os nossos automóveis, não aceitam os nossos produtos agrícolas, não aceitam quase nada, aceitam muito pouco. Vamos ter de corrigir isso e vamos fazê-lo. Não tenho dúvidas”. Não tenho dúvidas sobre isso”, afirmou em Mar-a-Lago, no âmbito de uma cerimónia de assinatura do decreto-lei e tem repetido ao longo de várias intervenções.
A sua declaração surge na véspera da reunião do Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, em Washington, na quarta-feira, com os principais responsáveis comerciais do governo dos EUA para discutir a decisão de Trump de impor tarifas “recíprocas” sobre o imposto IVA da União Europeia e também sobre o alumínio e o aço.
O porta-voz da União Europeia, Olof Gill, afirmou que Sefcovic irá reunir-se com o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, com o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, e com o principal conselheiro económico de Trump, Kevin Hassett.
Olof Gill, que sublinhou que “o imposto sobre o valor acrescentado, IVA, não é uma tarifa”, disse que a UE está empenhada em “encontrar soluções mutuamente benéficas com os parceiros americanos”, mas também está preparada para defender os “interesses legítimos quando necessário”.
As tarifas recíprocas que Trump está a contemplar em toda a linha não serão aplicadas uniformemente. Não haverá uma taxa uniforme de 10% ou 25%, mas a administração estabelecerá taxas específicas com base nas tarifas e nas “barreiras” comerciais que cada país impõe aos EUA.
“A UE tinha um imposto de 10% sobre os automóveis e agora tem um imposto de 2,5%, que é exatamente o mesmo que nós. Por isso, já poupámos imenso. Seria ótimo se todos fizessem o mesmo. Estaríamos então a jogar em pé de igualdade. Basicamente, o que estamos a fazer com as tarifas é cobrar o mesmo que eles nos cobram. É o que se chama reciprocidade”, afirmou na terça-feira.
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