De acordo com a Informação Mensal do Mercado do Emprego disponível na página do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017 (-64.736 pessoas), contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para os homens (-18,3%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (-15,3%), os inscritos há um ano ou mais (-23,0%), os que procuravam novo emprego (-15,0%) e os que possuem como habilitação escolar o 1.º ciclo básico (-21,1%).
Face ao mês anterior, o aumento do desemprego aconteceu sobretudo nos homens (+1,8%), na procura de novo emprego (+2,2%), em inscrições com menos de um ano (+2,2%), nos que procuravam novo emprego (+2,2%) e entre os que possuem como habilitação o 3.º ciclo.
O desemprego jovem fixou-se nas 34,8 mil pessoas em dezembro, um decréscimo homólogo de 21,7% (menos 9,7 mil pessoas) e uma queda em cadeia de 6,6% (-2,5 mil pessoas).
O desemprego de longa duração recuou 23,0% na comparação homóloga, com um decréscimo de 44,3 mil pessoas inscritas há mais de 12 meses nos centros de emprego, situando-se nas 148,7 mil pessoas (mais 0,1%, ou 120 pessoas, face ao mês de novembro).
Segundo o IEFP, o peso do desemprego de longa duração no desemprego registado baixou para 43,9% em dezembro, o que compara com 44,4% no mês anterior e com 47,8% em dezembro de 2017.
A redução homóloga do desemprego foi transversal a todas as regiões do país, destacando-se, com as descidas percentuais mais acentuadas, as regiões Norte (-19,0%), Lisboa (-16,3%) e no Centro (-15,3%).
Face ao período homólogo, o desemprego diminuiu em todos os setores de atividade económica, com a maior redução a ocorrer na construção (-26,5%), na fabricação de mobiliário, reparação de máquinas e equipamentos e outras indústrias transformadoras (-21,7%), indústria da madeira e da cortiça (-21,6%) e ainda em outras atividades do setor secundário.
Por grupos profissionais dos desempregados registados no continente destacaram-se os trabalhadores não qualificados (25,8% do total), os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (19,8% do total), o pessoal administrativo (11,5% do total) e os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (11,4% do total).
Ao longo do passado mês de dezembro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 40.791 desempregados, número inferior ao do mesmo mês de 2017 (-148 ou -0,4%). Em relação a novembro, o volume de inscrições foi também inferior (-13.015; -24,2%).
As ofertas de emprego recebidas ao longo de dezembro totalizaram 6.171, número inferior ao mês homólogo de 2017 (-813 correspondente a -11,6%) e também ao do mês anterior (-3.238; -34,4%).
As atividades com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas (dados do continente) foram as imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (30,3%), comércio por grosso e retalho (12,6%) e administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social (8,5%).
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