“No terceiro trimestre crescemos mais do que no segundo trimestre”, disse Costa, acrescentando que “as exportações continuam a sustentar” o crescimento.
Segundo o primeiro-ministro, que falava esta manhã na Alfândega do Porto, na cerimónia de apresentação das novas medidas do Programa Interface, para este crescimento ter continuidade é preciso que o país seja “cada vez mais competitivo”.
“E para isso temos que cada vez mais saber incorporar na nossa atividade económica aquilo que são os fatores decisivos da competitividade no futuro: conhecimento e inovação”, sustentou.
O INE divulgou na terça-feira que a economia portuguesa cresceu 2,5% no terceiro trimestre de 2017 face ao mesmo período do ano passado e depois de ter crescido 3% no trimestre anterior.
Esta desaceleração do PIB era esperada pelos analistas, mas fica abaixo das previsões recolhidas pela agência Lusa, que apontavam para um crescimento entre os 2,6% e 2,9% em termos homólogos.
Comparativamente com o segundo trimestre, o PIB aumentou 0,5% em termos reais, mais 0,2 pontos percentuais que no trimestre anterior.
O chefe de Governo realçou, contudo, que “é precisamente no momento em que as notícias são boas” que é preciso “estar ciente” que é preciso “fazer mais e melhor”, considerando que o Programa Interface “é o programa chave” do Programa Nacional de Reformas.
Costa destacou que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) “continua a investir no ensino superior e na produção da ciência, garantindo o contrato de confiança” que foi assinado com as universidade e os institutos politécnicos”, bem como reforça “o orçamento para a ciência e tecnologia”, visando “não só aumentar o numero de bolsas de doutorados como aumentar o número de emprego cientifico”.
“Temos de continuar a ter cada vez mais alunos do ensino superior e cada vez mais licenciados com pós-graduações e doutoramentos”, sublinhou.
Segundo o INE, o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do Investimento.
O contributo da procura externa líquida, por sua vez, foi negativo, contrariamente ao registado no trimestre anterior, refletindo a desaceleração em volume das exportações de bens e serviços e a aceleração das importações de bens e serviços.
Já face ao trimestre anterior, o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB "passou de negativo a positivo, observando-se um aumento das exportações de bens e serviços superior ao das importações de bens e serviços", sinaliza.
O contributo da procura interna diminuiu ligeiramente no terceiro trimestre, face ao anterior, devido à redução do investimento, tendo o consumo privado aumentado (variação negativa no trimestre anterior).
Na proposta de Orçamento do Estado para 2018, o Governo reviu em alta a estimativa do crescimento da economia de 1,8% para 2,6% este ano e de 1,9% para 2,2% no próximo.
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