De acordo com um comunicado do SIESI divulgado hoje, a sua Comissão Sindical na empresa foi formalmente informada na sexta-feira da intenção da SICMAN, ACE proceder a um despedimento coletivo de 42 dos 120 trabalhadores que laboram no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde asseguram toda a operação no sistema de tratamento de bagagens.
Fonte sindical explicou à agência Lusa que estes trabalhadores são responsáveis pela operação, manutenção e reparação dos tapetes rolantes das cargas e descargas das bagagens.
Diogo Correia, dirigente do SIESI, disse que os trabalhadores foram completamente surpreendidos pelo anuncio do despedimento, porque a empresa não recorreu ao ‘lay off’ ou outra medida quando o aeroporto esteve praticamente parado.
“E agora pretende justificar, numa altura em que os voos retomaram valores de crescimento assinaláveis e a TAP anuncia acréscimos de 300% em reservas, o despedimento de quase 50% da sua força de trabalho”, afirmou o sindicalista, acrescentado que os trabalhadores estão dispostos a lutar pelos seus postos de trabalho.
Para o SIESI, este processo de despedimento coletivo “é nulo porque tem muita informação incorreta e não respeitou os prazos legais” e irá transmitir isso à empresa na reunião que está marcada para segunda-feira.
A SICMAN presta serviço na mesma área em todos os aeroportos nacionais, onde emprega 210 trabalhadores.
Segundo o SIESI, a empresa foi criada em 2003 “exclusivamente para ser utilizada como uma fuga à contratação de trabalhadores efetivos para os quadros da ANA e depois da, então, Siemens, SA e posteriormente Siemens Logistics, Lda”.
“Esta situação, entretanto, já tem cerca de três dezenas de anos, pois foi antecedida por esquemas idênticos, com a Siemens já envolvida”, disse o sindicato num comunicado.
A Siemens tem o contrato de prestação de serviços em áreas dos aeroportos geridos pela ANA, a nível nacional, e é proprietária de 95% da SICMAN, ACE.
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