“A atribuição a Portugal do estatuto de país parceiro na Hannover Messe é um reconhecimento daquilo que é a excelência do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas empresas portuguesas”, disse António Costa, no encontro com empresários “A Caminho de Hannover”, em Aveiro.
O chefe do executivo referiu que este reconhecimento explica também “grande parte dos bons números” que foram confirmados esta semana pela Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, que reviram em alta as suas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português, o que demonstra “a resiliência do tecido económico português perante tempos tão desafiantes”, como a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.
No seu discurso perante os empresários, Costa considerou que os portugueses devem ter confiança pela forma como os sistemas científico e empresarial "resistiram e têm resistido a estes tempos tão difíceis", mas defendeu que a ambição coletiva “tem de transcender a conjuntura" que Portugal está a enfrentar e os objetivos de curto prazo que tem de alcançar.
“A nossa ambição tem de ser conseguirmos aproveitar esta década para ser a década do grande potencial transformador da sociedade portuguesa”, vincou.
Nesse sentido, o primeiro-ministro destacou o programa das agendas mobilizadoras, ao qual se candidataram 64 consórcios com uma total de intenções de investimento de 8,8 mil milhões de euros que têm que estar realizados até 2026, como sendo uma “oportunidade extraordinária verdadeiramente transformacional do tecido empresarial português e daquilo que é o perfil da economia”.
“Em meados de junho teremos os resultados finais do júri. Até lá, faço figas para que todos possam vencer, porque quantos mais vencerem, maior é a capacidade e o impacto transformador do nosso tecido económico que este programa das agendas mobilizadoras vai ter”, concluiu.
Também presente na mesma sessão, o ministro da Economia, António Costa Silva, disse estar “muito confiante” relativamente à participação portuguesa em Hannover, adiantando que o país “vai estar no centro das atenções”.
“Isto vai ser a maior operação de promoção da indústria portuguesa nas últimas décadas. Vão ser 109 empresas que vão estar em Hannover, que é a maior feira tecnológica do mundo para as indústrias. Portanto, atrai todos os investidores internacionais e estou muito esperançado”, disse, em declarações aos jornalistas no final da sessão.
Segundo o governante, o Estado vai investir três milhões de euros para levar as 109 empresas a Hannover, havendo ainda uma subvenção de 1,2 milhões de euros para as empresas se deslocarem.
Com estas sessões “A caminho de Hannover”, o Governo pretende ouvir os empresários e destacar a importância da presença portuguesa na Hannover Messe´22, que irá decorrer de 30 de maio a 02 de junho.
Portugal é o país parceiro deste ano, pelo que as atenções deverão estar centradas, além da Alemanha, no mercado português que terá aqui uma oportunidade de mostrar o que se produz no nosso país.
A terceira e última sessão tem lugar a 24 de maio, em Sintra.
(Artigo atualizado às 14:19)
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