Segundo os cálculos feitos para a agência Lusa pela Deco/Dinheiro&Direitos, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai passar a pagar 463,88 euros a partir de outubro, menos 2,15 euros do que o que era pago desde abril, data da última revisão.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, esse cliente pagará 460,13 euros, ou seja, menos 0,07 euros do que pagou no valor da última revisão, em julho.
Desde o final de 2015, há quase dois anos, que as taxas Euribor negoceiam em valores negativos, com impacto favorável em quem tem prestações da casa indexadas a taxas de juro variáveis. Contudo, em agosto assistiu-se a uma ligeira subida das taxas Euribor tanto a três como a seis meses, mas insuficiente para fazer subir a prestação a pagar ao banco.
A média mensal da taxa Euribor a seis meses em setembro foi de -0,273%, ligeramente abaixo dos -0,272% de agosto, enquanto a três meses foi de -0,329%, igual à registada em agosto.
Em Portugal, a grande maioria dos contratos de crédito à habitação usam taxa de juro variável, sendo a Euribor a seis meses o indexante mais usado, seguido da taxa a três meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de mais de 50 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. Em Portugal, a Caixa Geral de Depósitos faz parte deste painel.
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