“Ao FMI, o que eu digo é que desde 2014 a massa salarial, o conjunto de salários pagos em Portugal, aumentou 14%. Destes 14%, 11% foram crescimento do emprego e apenas 3% crescimento do salário médio. Estes números mostram que a economia portuguesa está em progresso muito claro, e este progresso faz-se com ganho de emprego”, disse, em Talin.
Centeno reagia, à saída de uma reunião informal de ministros das Finanças da zona euro e da UE, ao Relatório da Missão do Artigo IV do FMI, que se realizou de 19 a 29 de junho passado, no qual a instituição defende a contenção da despesa com salários na Administração Pública, alertando para que a fatura vai aumentar com o descongelamento gradual das carreiras da função pública a partir de 2018.
“O resultado que temos do crescimento médio do salário mostra que o aumento do emprego é porque as empresas estão a empregar mais pessoas e a pressão salarial não é muito significativa. E porquê? Porque vínhamos a perder população – Portugal durante 5 anos perdeu população ativa -, esse processo terminou em meados de 2016, temos consecutivamente vindo a recuperar, e isto é notório na evolução do emprego”, afirmou.
“Aos trabalhadores da administração pública, o que eu posso dizer é que a determinação do Governo na valorização do emprego, na valorização salarial é inquestionável e não vai sofrer nenhuma alteração”, declarou.
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