"Dada a incerteza do modelo de saída do Reino Unido (‘Brexit’), isso pode nos confrontar já este ano com algumas dificuldades ao nível das exportações. O país é um cliente muito importante de Portugal", afirmou Pedro Siza Vieira na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
"Não se vão fazer sentir movimentos tão intensos de crescimento das exportações, como felizmente nos habituamos nos últimos anos. Não antecipamos uma contração da economia e continuamos a prever um crescimento da economia portuguesa acima da média da União Europeia", acrescentou o ministro.
Na sua intervenção inicial perante os deputados, o governante indicou os "momentos de incerteza" que caracterizam o comércio internacional, como a guerra comercial Estados Unidos-China e as incertezas no processo de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit'), afetando a procura mundial e, assim, as "economias mais exportadoras".
Neste contexto global, Portugal, como "economia aberta e exportadora", também sofre impactos, sendo "provável que o ritmo das exportações vá abrandar".
O governante afirmou a necessidade de prosseguirem os apoios às empresas para que estas continuem a investir.
Para responder ao aumento dessa procura pelas empresas, o governante informou sobre a "capacitação das instituições públicas", que passará pelo reforço dos trabalhadores da Agência Nacional de Inovação.
"Também o IPAMEI (Agência para a Competitividade e Inovação) irá conhecer um reforço de recursos humanos. O IPAMEI mantinha os recursos humanos até mais depauperados do que há 10 anos, mas o volume de incentivos que tem estado a tratar é quase o dobro daquele que se verificava na mesma fase do quadro comunitário anterior", notou.
Siza Vieira indicou ainda que hoje a Instituição Financeira de Desenvolvimento vai celebrar mais um contrato com uma instituição bancária para "pela primeira vez fazer chegar fundos às empresas que já não são pequenas e médias, mas que ainda não são de grande dimensão".
Aos deputados, o ministro indicou ainda a criação do Centro de Inovação do Turismo na Covilhã para permitir que neste setor seja "possível inovar e ter melhor práticas quer em termos de produto, quer em termos de processos".
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