O BE “sempre se opôs à privatização” de uma empresa “estratégica para o país” e “foi crítico do processo de 2015 que levou o Estado a obter 50%” do seu capital, “porque deixou o processo incompleto e a gestão executiva completamente refém da gestão privada”, segundo um comunicado do grupo parlamentar bloquista.
A gestão da transportadora, segundo o BE, “tem-se revelado má, não só para os interesses do Estado como para milhares de trabalhadores”, uma “situação agudizada” com a crise de covid-19, “como, aliás, foi hoje mesmo reconhecido pelo ministro das Infra-estruturas”, Pedro Nuno Santos, em audição no parlamento.
Se o “próprio governo admite” ter “todas as opções em cima da mesa” e “uma maior participação do Estado no capital da empresa e na sua gestão”, no atual momento de crise “os Estados têm um papel fundamental”.
“Havendo a necessidade de intervenção do Estado e de dinheiros públicos, isso só pode ser feito com a gestão também pública”, lê-se ainda no comunicado do BE.
Bloco de Esquerda e PCP têm vindo, nos últimos meses, a defender o controlo público da TAP, em especial após o início do surto epidémico causado pelo novo coronavírus, tendo o ministro das Finanças, Mário Centeno, admitido a nacionalização da empresa.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 218 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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