Estas contas são as individuais da Associação Mutualista [não incluem os resultados das empresas que detém] e dão conta de que o ativo líquido da Associação Mutualista situou-se em 3.742 milhões de euros em dezembro de 2016, menos 3,2% face a 2015, e que os capitais próprios atingiam 615,5 milhões de euros, mas excluindo imparidades e provisões líquidas
A Associação Mutualista, que tem 630 mil associados, dá ainda conta de que que as receitas associativas reduziram ligeiramente 1,1% em 2016 face a 2015, para 477,7 milhões de euros, e de que, o ano passado, fez um aumento de capital na Caixa Económica Montepio Geral (de que é dona) de 270 milhões de euros.
O banco mutualista Caixa Económica Montepio Geral é a principal participada da Associação Mutualista Montepio Geral.
O Público noticiou hoje que a Associação Mutualista tinha, no fim de 2015, capitais próprios negativos de 107,53 milhões de euros, isto analisando as contas consolidadas de 2015 que foram recentemente fechadas.
Isto significa que a Associação Mutualista tinha, em termos consolidados, um passivo (valor que deve) superior ao ativo (valor que possui), uma situação que configura “falência técnica” do ponto de vista contabilístico e que coloca pressão sobre a Caixa Económica Montepio Geral, que se estima que poderá vir a precisar de capital social adicional.
Na conferência de imprensa de hoje, Tomás Correia lamentou a notícia e garantiu que não há risco de falência da Associação Mutualista e tem atualmente recursos para fazer face às responsabilidades perante os seus associados.
Questionado pelos jornalistas sobre se a situação patrimonial negativa se mantinha no final de 2016, o Tomás Correia respondeu que as contas consolidadas do ano passado não estavam fechadas, mas admitiu que a Associação Mutualista mantinha capitais próprios negativos no fim de dezembro passado, ainda que ressalvando que a instituição não está em causa por isso.
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