“O armazenamento de gás na UE atingiu 90%, muito antes do previsto. Isto ajudar-nos-á a estar seguros este inverno”, reagiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (anteriormente designada Twitter).
Meses antes do arranque da estação fria na Europa, as reservas de armazenamento de gás na UE estão já a uma média de 90,12%, de acordo com os dados da associação Gas Infrastructure Europe, datados da passada quarta-feira.
“Juntos, estamos a libertar-nos do gás russo e continuamos a trabalhar em paralelo no sentido de diversificar o aprovisionamento energético para o futuro”, adiantou Ursula von der Leyen.
Adotado em junho de 2022, o Regulamento de Armazenamento de Gás prevê que as instalações de armazenamento subterrâneo de gás no território dos Estados-membros estejam a pelo menos 90% na estação fria deste ano.
Dados consultados pela Lusa indicam que, em média, os 18 entre os 27 países da UE com instalações subterrâneas têm então hoje o armazenamento a cerca de 90%.
Os mesmos dados, da Gas Infrastructure Europe, revelam que em Portugal as reservas de armazenamento de gás estão agora a 93,19%, acima da média europeia e alcançando a meta estipulada para o inverno.
Numa altura de tensões geopolíticas causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que é um grande fornecedor de gás à UE, o armazenamento subterrâneo no espaço comunitário é fundamental para a segurança do aprovisionamento, uma vez que funciona como reserva adicional em caso de forte procura ou perturbações do aprovisionamento.
O armazenamento fornece entre 25% a 30% do gás consumido na UE durante o inverno e reduz a necessidade de importar gás adicional e contribui para absorver choques de abastecimento.
A maioria dos Estados-membros (18 entre os 27) dispõe de instalações de armazenamento de gás no seu território, sendo que as capacidades de armazenamento em cinco países (Alemanha, Itália, França, Holanda e Áustria) representam dois terços da capacidade total da UE.
Nos termos do Regulamento de Armazenamento de Gás, os países que não dispõem de instalações de armazenamento devem armazenar 15% do seu consumo interno anual de gás em reservas localizadas noutros Estados-membros, tendo assim acesso às outras instalações.
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