“Não está previsto nenhum fecho adicional, [mas] haverá ajustamentos”, garantiu António Ramalho.
De acordo com o responsável do banco, a instituição financeira já antecipou o fecho de balcões contemplado até ao final do ano no plano de reestruturação, tendo atualmente 403 balcões em funcionamento, dos 400 previstos.
Por sua vez, no que se refere aos funcionários, António Ramalho referiu que o Novo Banco “já tem um número próximo do esperado no final de 2021”, que corresponde ao fim do período de restruturação, não estando, igualmente, previstas saídas adicionais.
“Diria que já estamos na fase de rejuvenescimento da nossa equipa de trabalho”, vincou.
Para António Ramalho, a instituição financeira está a aproveitar “o bom momento” que atravessa a economia portuguesa, nomeadamente, o mercado imobiliário, para acelerar o processo de reestruturação.
O líder do Novo Banco confirmou ainda, tal como foi avançado pela agência Bloomberg, a venda de uma carteira de 400 milhões de euros de malparado em Espanha e sublinhou que também está prevista uma venda em Portugal.
“Nós temos dois processos de venda de malparado: um em Espanha e outro em Portugal. Em Portugal (…) é uma venda de 1,7 mil milhões de euros a 1,8 mil milhões e, em Espanha, é uma carteira por volta dos 400 milhões de euros”, revelou.
Segundo o responsável do Novo Banco, esta operação “faz parte do processo de reestruturação que estava planeado”, que consiste na “redução acelerada do legado malparado” associado à instituição.
O Novo Banco registou um prejuízo de 419,6 milhões de euros até setembro, que compara com os 419,2 milhões de euros registado no período homólogo, foi hoje anunciado.
“O grupo Novo Banco registou até setembro de 2018 um resultado líquido negativo de 419,6 milhões de euros que compara com um prejuízo de 419,2 milhões de euros no período homólogo do ano anterior, dando continuidade à reestruturação em curso do seu balanço, de acordo com o seu plano estratégico”, afirma, em comunicado, a instituição financeira.
No período em causa, a atividade ‘core’, pela primeira vez, teve um crescimento de 5,2% do resultado financeiro e de 3,9% do produto bancário comercial, mais 20,3 milhões de euros.
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