O Angra Bay Cup, regata “oito aos ilhéus”, era suposto ter comemorado o 25º aniversário no passado fim de semana. O evento, que acontece desde 1995, no final de junho, organizado pelo Angra Iate Clube, que nasceu no mesmo ano, coincide com as celebrações das Sanjoaninas (o São João em pleno oceano atlântico). O percurso leva os velejadores do Porto das Pipas até ao Ilhéu dos Fradinhos, rondar o Ilhéu das Cabras e regressar à baia de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores.
Sem festas em terra, por causa da pandemia do novo coronavírus, no mar, as competições náuticas estão, por agora, suspensas. Os Açores não são exceção ao que se verifica nos mais diversos eventos desportivos um pouco por todo o mundo, à exceção do futebol, do surf, em que só a Liga Meo está, a nível mundial, no mar, do golfe e do râguebi, na Nova Zelândia.
Face à proibição da componente competitiva, o Angra Iate Clube, liderado por Augusto Silva, decidiu socorrer-se do lado recreativo e lúdico da vela e organizou, no dia 27, sábado, no mesmo percurso, o passeio “oito aos ilhéus”.
Trinta e uma embarcações, entre vela de cruzeiro, jet-skis e embarcações das escolas do clube, 420 e kayaks, percorreram o campo de regatas reservado à competição.
No final, na Baía de Angra do Heroísmo, a organização decidiu prestar uma homenagem às vítimas açorianas do Covid-19. A região autónoma contabiliza 15 óbitos.
O adiamento desta regata não foi um ato isolado. Agendado de 12 a 19 de julho, igualmente na Terceira, o campeonato nacional de ORC foi adiado para 2021. Augusto Silva, presidente do Angra Iate Clube, responsável pela organização, tinha a intenção de associar a mais importante competição do calendário nacional da classe de cruzeiros ao programa das comemorações dos 500 anos de Fernão Magalhães, conforme afirmou ao SAPO24, na edição 2019, realizada no Porto Santo e Madeira e inserida nas comemorações dos 600 anos do descobrimento do arquipélago. A prova de Lagos e Portimão, que deveriam receber o evento para o ano, fazem-no em 2022.
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