Lagos acolhe, no final de junho, o Campeonato Mundial da classe GC32. A prova será simultaneamente a segunda etapa do GC32 Racing Tour, circuito de catamarãs voadores de alta velocidade que se disputa em quatro cidades costeiras e um lago.
A cidade do barlavento algarvio é palco, pelo segundo ano consecutivo, destas regatas de barcos com 10 metros de comprimento (12 se incluirmos os gurupés), seis metros de largura e que podem atingir quase 40 nós (74 Km/h).
Martinho Fortunato, Comodoro do Clube de Vela de Lagos, clube responsável pela organização, considera ser “uma honra receber uma das maiores provas de vela a nível mundial”, uma competição que “trará a Portugal cerca de 12 equipas profissionais de topo mundial, incluindo pelo menos duas da America’s Cup”, anuncia.
Para Fortunato, a “experiência e sucesso do ano passado” foi determinante para o regresso da frota às águas algarvias. Um regresso a que não é alheio o envolvimento e a aposta da “câmara municipal de Lagos” e de “empresas locais como a Marina de Lagos, a Sopromar, a Multi, região de turismo e a Docapesca”, autênticos “pilares essenciais desta organização” e que fazem com que Lagos seja considerada “a capital do turismo náutico”, sustentou.
“Depois do que vimos no primeiro Campeonato Mundial GC32 em Riva (Itália) no ano passado, estou ansioso para 2019. Só pode tornar a Classe GC32 mais forte. Mais uma vez estamos em alguns dos melhores locais para os nossos catamarãs voadores e estou especialmente ansioso por regressar a Lagos para o nosso segundo campeonato do Mundo”, sublinhou Simon Delzoppo, presidente da Associação Internacional de Classe GC32, proprietário e skipper da film Racing.
“Um circuito mais forte que nunca” que pode terminar, pela primeira vez, fora da Europa
Consolidados nas cinco provas que se anunciam, a classe GC32 parte, para a sexta temporada, para “um circuito mais forte que nunca”, anuncia a organização em comunicado.
Itália marca, pelo terceiro ano, o arranque do GC32 Tour. Villasimius, popular destino de férias na ponta sudeste da Sardenha recebe pela terceira vez uma etapa.
Depois destas pequenas e velozes embarcações voarem nas águas de Lagos, protegidas pelo Cabo de São Vicente, a ponta sudoeste da Europa, a apenas 10 km de distância, a frota segue para
Palma de Maiorca. A regata integra-se na 38ª Copa del Rey MAPFRE, diferindo na génese das demais.
Enquanto nos outros portos os eventos são independentes, nesta ilha espanhola, o circuito apresenta-se à nata das frotas monocasco internacionais, como sejam os maxis, TP52s e Club Swan 50s, sendo abrilhantada pela presença da família real espanhola.
O Lago Garda, maior lago italiano, que se espalha pelas províncias de Brescia, Verona e Trento, no norte de Itália, e o Fraglia Vela Riva recebem a quarta etapa, em setembro, altura do ano em que o vento Pelèr (que sopra do norte) é dominante.
Em 2018, Franck Cammas e a tripulação da NORAUTO tornaram-se a primeira equipa a vencer, pela segunda vez, o GC32 Racing Tour. O velejador francês, vencedor da Volvo Ocean Race, apresenta-se este ano para defender o título e diz estar, juntamente com a equipa “motivado” para a competição.
Com os nomes das equipas participantes “ainda por anunciar”, assim como o local da etapa final, os organizadores do GC32 Racing Tour estudam “opções para a conclusão da temporada, pela primeira vez, fora da Europa”, assumem.
Comentários