Na conclusão da ronda inaugural em Flushing Meadows, onde foi criada uma ‘bolha’ para a realização, à porta fechada, do segundo ‘major’ da época, não houve grandes surpresas, embora Andy Murray, antigo número um do ‘ranking’ mundial e campeão do US Open em 2012, tenha recuperado de uma desvantagem de dois ‘sets’ e superado o japonês Yoshihito Nishioka em cinco partidas, por 4-6, 4-6, 7-6 (7-5), 7-6 (7-4) e 6-4, em quatro horas e 38 minutos.

“Preciso de descansar e tentar recuperar o melhor que puder, porque, até ao momento, foi o encontro mais longo que joguei desde 2019, quando defrontei o [Roberto] Bautista [Agut] no Open da Austrália. Preciso de recuperar bem”, reconheceu o vencedor de três títulos do ‘Grand Slam’, que vai defrontar na segunda ronda o jovem canadiano Félix Auger-Aliassime, de 20 anos, depois do triunfo deste ante o brasileiro Thiago Monteiro, por 6-3, 6-7 (7-9), 7-6 (8-6) e 7-6 (8-6).

Ao contrário de Murray, o russo Daniil Medvedev, número cinco do ‘ranking’ ATP e vice-campeão do Open dos Estados Unidos de 2019, encerrou a sessão noturna no Arthur Ashe Stadium com uma vitória fácil e rápida sobre o argentino Federico Delbonis, por 6-1, 6-2 e 6-4, em uma hora e 46 minutos, marcando encontro com o australiano Christopher O’Connell na fase seguinte.

Tal como Medvedev, o austríaco Dominic Thiem, segundo cabeça de série, também não passou muito tempo em ‘court’, já que liderava por 7-6 (8-6) e 6-3 quando o espanhol Jaume Munar se viu forçado a desistir com problemas físicos, ao cabo de uma hora e 55 minutos. Ultrapassada a ronda inaugural, depois de há um ano ter sido derrotado na estreia, Thiem vai medir forças agora com o indiano Sumit Nagal (124.º ATP).

Já o italiano Matteo Berrettini, semifinalista há um ano em Nova Iorque, precisou de apenas três partidas para eliminar o japonês Go Soeda, por 7-6 (7-5), 6-1 e 6-4, à semelhança do espanhol Bautista Agut, oitavo pré-designado, que afastou o norte-americano Tennys Sandgren, pelos parciais de 6-4, 6-4 e 7-6 (7-3).

Na competição feminina, Serena Williams encontrou algumas dificuldades para ‘entrar’ em jogo, mas, após a desvantagem de 0-2 no início de cada ‘set’, conseguiu recuperar e bater a compatriota Kristie Ahn, por 7-5 e 6-3, em duas horas e 21 minutos. Foi a primeira vitória de Serena Williams em dois ‘sets’ desde a retoma do circuito.

“Estou realmente feliz pela maneira como lutei por cada ponto, independentemente da forma como estava a jogar. Simplesmente, tenho de recuperar o meu foco, ‘o Serena foco’. Mas senti-me muito bem durante todo o encontro, só continuava a dizer a mim mesma que precisava de ser a Serena e fechar o encontro. Fui capaz de fazê-lo e estou feliz por seguir em frente”, revelou a seis vezes campeã em Nova Iorque e que, aos 38 anos, procura igualar os 24 troféus do ‘Grand Slam’ de Margaret Court.

Numa jornada em que a também norte-americana Sofia Kenin, vencedora do Open da Austrália deste ano, confirmou o seu favoritismo ante a belga Yanina Wickmayer, por ‘duplo’ 6-2, a bielorrussa Aryna Sabalenka, quinta cabeça de série, derrotou a francesa Oceane Dodin, pelos parciais de 7-6 (7-1) e 6-4.

A norte-americana Venus Williams, bicampeã do US Open em 2000 e 2001, e a belga Kim Clijsters, detentora de seis títulos do ‘Grand Slam’, três dos quais conquistados em Nova Iorque (2005, 2009 e 2010), despediram-se, por sua vez, esta terça-feira de Flushing Meadows, ao perderem diante a checa Karolina Muchova, por 6-3 e 7-5, e a russa Ekaterina Alexandrova, por 6-3, 5-7 e 1-6, respetivamente.