“Temos tido lesões que nos têm dificultado algumas decisões neste acumular de jogos. A ausência deles é apenas e só por gestão. Há um jogo importante no domingo para a I Liga [visita ao AVS, da 23.ª jornada] e queremos voltar às vitórias, mas o Morten Hjulmand e o Ousmane Diomande não poderão jogar [ambos por suspensão]. Por isso, temos de ter alguma gestão. É impossível não a termos”, disse o técnico, em conferência de imprensa.

O extremo direito Francisco Trincão não subiu ao relvado da Academia de Alcochete no treino matinal de hoje, ao contrário do ponta de lança sueco Viktor Gyökeres, melhor marcador do Sporting esta temporada, cuja fadiga tem sido gerida ultimamente.

Essa dupla não viajou para a Alemanha e juntou-se aos lesionados Jeremiah St. Juste, Daniel Bragança, Hidemasa Morita, Geny Catamo, Pedro Gonçalves e Nuno Santos nos indisponíveis dos ‘leões’, que chegam ao reencontro com o Dortmund em desvantagem (3-0).

“O Gyökeres tem vindo a ganhar ritmo de jogo. O Trincão está claramente numa fase de muita fadiga e temos de ter algum cuidado, até porque as soluções já não são muitas e é preciso alguma gestão. Independentemente do resultado em Lisboa, teríamos de a fazer na mesma para este encontro. Vamos entrar com 11 jogadores que tentarão dar o seu melhor, querem dar uma boa resposta e dignificar ao máximo o clube”, frisou Rui Borges.

Uma semana depois da derrota em Alvalade, com três golos sofridos na última meia hora, os campeões nacionais e líderes isolados da I Liga procuram reverter essa diferença e evitar a eliminação na Liga dos Campeões, numa altura em que vêm de três jogos sem triunfar em todas as competições, tendo vencido apenas uma das últimas cinco partidas.

“Desde o primeiro jogo, tem sido um grande desafio encontrar as melhores soluções sem expor demasiado os atletas. Não queremos perder ninguém, porque já temos muita gente de fora. Agora, não é tempo de lamentar nada. Compete-me arranjar soluções. Vamos entrar com um grande espírito e uma enorme vontade de vencer. Não podemos estar obcecados a olhar para o resultado, mas para o jogo. É um resultado difícil [de inverter], mas a grandeza do clube indica que jamais desistiremos do quer que seja”, reconheceu.

Rejeitando que uma eventual eliminação da Liga dos Campeões seja um alívio perante a densidade competitiva, Rui Borges espera “resiliência, caráter e dedicação” do Sporting, tendo convocado oito jogadores da equipa B, da Liga 3, casos de Diego Callai, José Silva, Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, Manuel Mendonça, Afonso Moreira, Lucas Anjos e Rafael Nel.

“Não há nenhum risco nem estou a atirar a toalha ao chão. Dentro da nossa ideia e estratégia, têm a oportunidade de desfrutarem de um jogo da melhor prova europeia de clubes”, referiu.

A ausência de Viktor Gyökeres deverá significar o regresso às escolhas iniciais do dinamarquês Conrad Harder, que foi suplente utilizado no empate caseiro com o Arouca (2-2), no sábado, da 22.ª jornada da I Liga, após quatro partidas consecutivas a titular.

“É um jogo difícil, porque vamos jogar fora com uma desvantagem de 3-0, mas o clube obriga a dar tudo para ganhar e assim faremos, com ou sem lesionados. Gyökeres e Trincão são importantíssimos, mas o grupo que viajou é muito bom e acreditamos que podemos vencer sem eles”, projetou, desejando dedicar uma vitória a Daniel Bragança, que sofreu uma rotura ligamentar do joelho esquerdo frente ao Arouca e não joga mais esta temporada.

O Sporting visita o Borussia Dortmund na quarta-feira, às 18:45 locais (17:45 em Lisboa), no Signal Iduna Park, em Dortmund, na Alemanha, em encontro da segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, sob arbitragem do italiano Davide Massa.