Os campeões nacionais e europeus, que até esta jornada dividiam o primeiro lugar com Benfica e Leões de Porto Salvo, beneficiaram ainda do empate destes últimos no sábado diante do Fundão (3-3).
Sabendo que em caso de vitória tanto Sporting como Benfica assumiriam a liderança, e tendo em conta que se tratava de um dérbi, o ambiente no Pavilhão João Rocha estava ao rubro e as duas equipas a jogar no ataque. A ‘fase de estudo’ foi demasiado curta e, logo no primeiro minuto, Roncaglio, com um remate pouco depois da linha de meio campo, colocou Guitta em alerta.
O mesmo guarda-redes que, aos cinco e oito minutos, voltou a estar em bom plano ao defender os remates de Robinho. Pelo meio, aos sete, Pauleta apareceu bem posicionado, na sequência de um canto, mas o remate saiu fraco.
Apesar do jogo se passar muito junto às balizas, a verdade é os remates enquadrados eram ‘tirados a ferros’, sinal de que no capítulo defensivo tanto Sporting como Benfica estavam a ter um trabalho exemplar, embora os ‘encarnados’ pecassem na ‘agressividade’, já que aos 10 minutos estavam ‘tapados’ por terem completado cinco faltas.
A partir daí, os comandados de Pulpis começaram a jogar com mais precaução, a ‘convidarem’ o Sporting a abrir-se ao jogo, mas, aos 13 minutos, Alex Merlim, na zona dos nove metros, tentou a sorte, valendo a defesa de Roncaglio.
Embora o Sporting tivesse por cima na ponta final da primeira parte, a expulsão de Pauleta, aos 17 minutos, deixou os ‘leões’ reduzidos a quatro elementos, situação que permitiu que os ‘encarnados’ se adiantassem no marcador na sequência de um remate de Jacaré, aos 18, que acabaria desviado por Miguel Ângelo, traindo Guitta.
Já em igualdade numérica, o Sporting chegou ao empate, aos 19 minutos, graças a um livre de nove metros convertido por Cardinal, depois de Nilson ter cometido a sexta falta do Benfica. Contudo, os ‘encarnados’ chegariam aos 2-1, por intermédio de Jacaré, a 36 segundo do intervalo.
Na segunda parte, o Sporting entrou determinado em chegar rapidamente à igualdade e, aos 23 minutos, Alex Merlim viu Roncaglio negar-lhe essa oportunidade, mas, três minutos depois, o guarda-redes do Benfica foi incapaz de repetir a façanha.
O golo causou mossa no estado anímico do Benfica e tudo piorou quando, aos 32 minutos, Rómulo foi expulso ao ver o segundo cartão amarelo e, poucos segundos depois, Caio Ruiz colocou o campeão nacional e europeu na condição de vencedor.
Se a tarefa para o Benfica já era difícil, tudo se tornou ainda mais complicado aos 33 minutos, quando Waltinho fez o 4-2.
A formação da Luz bem se lançou para cima do Sporting, jogando algumas vezes em cinco para quatro, com o guarda-redes Roncaglio a sair muitas vezes pelo lado direito, e pouco depois foi Chishkala a assumir o papel de guarda-redes avançado, que aos 37 minutos levou a bola e embater violentamente na trave da baliza do Sporting.
Alex Merlim ‘matou’ o jogo, aos 38 minutos, depois de apanhar o Benfica em contra-pé: numa jogada de contra-ataque, cruzou a linha de meio campo e, frente-a-frente a Chishkala, fez o 5-2.
A pouco mais de um minuto do final, o jogo teve de ser interrompido devido a desacatos entre adeptos do Benfica e do Sporting, o que obrigou à intervenção das forças policiais presentes nas instalações.
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