Se vencer no sábado o Gil Vicente, Rúben Amorim (com a contribuição de Ricardo Sá Pinto na primeira vitória da série) iguala o recorde de nove triunfos seguidos alcançado em 2011/12, por Leonardo Jardim, mas o técnico retira importância ao facto.
“A vitória na Taça da Liga tem um significado especial porque é um título, mas se, por exemplo, vencermos nove vezes seguidas no campeonato, podemos espremê-las e não sair nada, é um recorde que não conta para nada, porque não atingimos objetivos”, disse.
O técnico dos minhotos prosseguiu: “Se ganhamos para a semana, mas perdemos para a outra, e os nossos rivais ultrapassam-nos, ficamos com um recorde que não me diz nada, nem ao clube, nem aos jogadores. Queremos ganhar para cimentar a nossa posição e fugir aos que estão atrás de nós”.
Rúben Amorim, que não quer os jogadores a pensarem nisso, porque “vão perder o foco e ficar assoberbados com o calendário e com a atenção das pessoas”, considera que os maiores “perigos” do Gil Vicente vêm da qualidade da equipa e do seu treinador, Vítor Oliveira.
“Vêm de uma derrota pesada [5-1 com o Moreirense, em casa] o que torna a equipa ainda mais perigosa. Dissemos aos jogadores que o Gil Vicente é uma equipa muito perigosa e que ia sentir-se confortável com o facto de nós irmos assumir o jogo”, afirmou.
O treinador avançou ainda não haver qualquer “segredo” para a boa assimilação do esquema tático que implementou na equipa (3x4x3).
“Vi o plantel que tínhamos e o estilo de jogadores que havia. O modelo que conhecia melhor era aquele e tentei ver se os jogadores encaixavam. Passei muito tempo a ver as falhas e as forças que o modelo tinha e tem, foi mais fácil porque tinha a certeza de todos os movimentos que queria, a atacar e a defender”, explicou.
O mau estado do relvado do Estádio Municipal de Braga, que levou mesmo a Liga a incluir o clube na lista dos que não podem treinar no próprio estádio, preocupa o treinador, porque “o estilo de jogo da equipa fica um pouco prejudicado”, mas o Gil Vicente “também quer jogar”.
Há quatro jogadores a um amarelo de falharem o próximo jogo, com o Benfica, nomeadamente Sequeira, Bruno Viana, Bruno Wilson e Palhinha, mas o técnico revelou que vão jogar os quatro porque “o jogo mais importante é com o Gil Vicente”.
“Se levarem cartões amarelos, há outros jogadores para jogar, temos é que ganhar ao Gil Vicente”, disse.
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, garantiu hoje, numa entrevista ao jornal Record, que, findo o empréstimo aos bracarenses, Palhinha vai regressar à equipa ‘leonina’ no próximo ano, algo que está longe das preocupações de Rúben Amorim.
“A parte boa dessa comunicação é que o presidente do Sporting disse que é para o ano. Como o meu foco é no Gil Vicente, sei que ele vai jogar e estou feliz da vida. Eu nem penso na semana seguinte, quanto mais no próximo ano”, disse.
Sporting de Braga, terceiro classificado, com 33 pontos, e Gil Vicente, 12.º, com 22, defrontam-se a partir das 18:00 de sábado, no Estádio Municipal de Braga.
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