Paralelamente, vão surgindo notícias de um suposto interesse do Barcelona por Neymar e do Real Madrid por Mbappé na imprensa espanhola quase diariamente. No fundo, uma repetição da última temporada.
"Mbappé e Neymar vão continuar no PSG — ainda mais tendo em conta a situação que estamos a enfrentar. Jantei com Neymar antes da quarentena e vi que estava muito envolvido com o projeto. Ele disse-me que nunca havia sido tão feliz em Paris", revelou o seu parceiro espanhol Ander Herrera à Cadena Cope em meados de maio.
"O projeto PSG é para que ambos se sintam realizados em Paris", acrescentou.
Desvalorização
Segundo um estudo da consultora KPMG, a crise ligada ao coronavírus levará a uma queda de mais de 20% no valor dos astros do clube parisiense.
Contratado pelo valor recorde de 222 milhões de euros em 2017, Neymar 'sozinho' valerá supostamente cerca de 149 milhões, ao passo que Mbappé estará avaliado em menos de 188.
Mas mesmo nessas "promoções", os dois jogadores mais caros da história, com contrato até 2022, não parecem estar ao alcance dos dois gigantes espanhóis, no momento. Pelo menos nesta pré-temporada.
"Pagar 100 milhões de euros por um jogador na próxima temporada, ninguém nem imagina isso na Espanha", disse à AFP Fernando Lara, professor da Universidade de Navarra e especialista em economia desportiva.
"O mundo inteiro fala, mas ninguém sabe... SINTO FALTA DA MINHA EQUIPA", escreveu Mbappé no Twitter no final de abril, num texto acompanhado por dois corações vermelhos e azuis e uma foto com o equipamento do PSG.
A questão é se a situação causada pela Covid-19 vai favorecer a renovação dos contratos dos jogadores que que encerram os seus compromissos nesta temporada ou se ocorrerá a redução necessária de uma massa salarial superior a 300 milhões de euros.
Thiago Silva, Cavani e Icardi
Com perdas estimadas pelo clube em mais de 200 milhões de euros após a paralisação da Ligue 1, o PSG poderia tentar capitalizar uma transferência para encontrar substitutos para jogadores do calibre de Edinson Cavani (33 anos) ou Thiago Silva (35), respetivamente o maior artilheiro da história do clube e capitão do turma parisiense.
"Para nós, seria ótimo continuar no PSG, amamos o clube (...). Foi aqui que os nossos filhos cresceram, é em Paris que gostaríamos de continuar as nossas carreiras", disse a esposa de Thiago Silva ao Le Parisien em meados de maio.
Se por um lado a família de Thiago Silva manifesta o seu desejo de renovar o contrato, Cavani, que estava próximo de ir embora em janeiro passado, não seria contra a continuação da sua carreira em Paris, segundo o L'Equipe.
Já Mauro Icardi, com 20 golos marcados em 31 jogos, fez o necessário em campo para pressionar o PSG a acionar a sua opção de compra de 70 milhões de euros junto ao Inter de Milão.
Segundo o L'Equipe, os dirigentes parisienses esperam, no entanto, reduzir o valor da operação, tendo em conta o novo contexto económico no mundo do futebol.
Por: Yassine KHIRI da agência France-Press (AFP)
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