Em carta aberta, a assembleia-geral do MPCC aponta várias insuficiências a Craing Reedir, entre as quais a de não incluir o Tramadol na lista de substâncias proibidas, apesar dos pedidos nesse sentido de várias organizações desportivas.
“O MPCC defende a proibição desta substância por razões éticas, mas também em virtude da saúde e segurança dos atletas. Deixar as coisas como estão, ameaça a saúde dos nossos atletas”, defendem.
O organismo, criado em 2007, deplora ainda a decisão da AMA de levantar a suspensão à Agência Russa Antidopagem (RUSADA), que tinha sido punida pela participação num esquema de doping institucional, praticado entre 2011 e 2015.
O antigo diretor do laboratório de Moscovo Grigory Rodchenkov, um dos principais denunciantes do esquema de dopagem institucionalizado na Rússia, com conhecimento e apoio estatal, qualificou então a decisão da AMA como “a maior traição jamais feita contra a história olímpica e os atletas honestos”.
O MPCC lembra que as duas condições importas para o levantamento da suspensão – o reconhecimento das conclusões do relatório McLaren e o acesso aos laboratórios anti-doping –, estão ambas por cumprir.
Além disso, o MPCC põe em causa a forma como a AMA lidou com o caso de doping envolvendo Chris Froome - o ciclista britânico quatro vezes vencedor da Volta à França, testou positivo, numa análise, à substância salbutamol, um broncodilatador.
“Tratou-se de um fiasco para a AMA (…) colocando a AMA em contradição com as suas próprias regras, lançando o descrédito sobre a luta anti-doping”, escrevem.
“O MPCC apela a que se retirem consequências de uma situação que descredibiliza o conjunto do mundo desportivo e põe em causa o fundamento das regras internacionais, pedindo a demissão do presidente da AMA”, assinalam.
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