O piloto natural de Almada arrancou a sua sexta temporada na categoria rainha do motociclismo de velocidade com o 15.º lugar na prova de abertura, no Qatar, há duas semanas, e agora regressa a um palco que bem conhece e onde venceu em 2020, ano de pandemia.
“Antes do Grande Prémio [do Qatar] previ que lutar pelo top 10 era um bom resultado no Qatar. Não me enganei por muito. Portimão é um circuito em que passamos mais tempo inclinados e acho que isso pode ser benéfico para nós, como a mota está neste momento e com algumas alterações que temos em mente fazer. Não sei qual será o bom resultado, mas gostaria que, depois de o fim de semana começar, poder ter esse objetivo mais concreto”, afirmou Oliveira, em declarações à Lusa, na semana passada.
No ano passado, foi no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, que, em 2023, sofreu a primeira lesão do ano, após ser abalroado logo no início da corrida pelo espanhol Marc Márquez.
Apesar de ser um dos traçados que melhor conhece e ao qual se adapta bem, o AIA é, também, um dos mais azarados para o piloto português.
Depois da vitória conseguida em 2020, partindo da ‘pole position’, liderando todas as voltas e conseguindo a volta mais rápida, só voltou a conseguir resultados de relevo em 2022, ano em que terminou na quinta posição, sendo o melhor da KTM.
O piloto de 29 anos já leva 85 corridas disputadas em MotoGP, contando cinco triunfos (Estíria, Algarve, Catalunha, Indonésia e Tailândia), sete pódios e uma ‘pole position’, precisamente no ano da primeira vitória em Portimão.
Em 2021, o AIA acolheu duas provas do campeonato, o Grande Prémio de Portugal e o Grande Prémio do Algarve. Oliveira esteve sem sorte, caindo nos dois.
Agora, o piloto luso chega à corrida caseira com novas cores e uma mota atual.
A equipa norte-americana Trackhouse substituiu a malaia RNF, impedida de competir pela Dorna, a empresa promotora do campeonato.
Tendo contrato diretamente com a Aprilia, Miguel Oliveira tem acesso, este ano, a uma RSGP de 2024, ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que corria com um modelo de 2022.
Miguel Oliveira é mesmo um dos três pilotos que já conseguiu vencer no AIA. Além do português, apenas o francês Fabio Quartararo (Yamaha) e o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), campeão em título, somaram triunfos no circuito algarvio.
O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que vai ser disputado entre sexta-feira e domingo, vai ser a segunda de 21 provas do Campeonato do Mundo.
Pela primeira vez, do programa da competição algarvia vai constar uma corrida do Mundial de MotoE, para motas elétricas.
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