Jesus afirmou, na quarta-feira, que não estava preparado para perder jogadores no próximo mês, e sim para receber mais alguns, mas confrontado, durante o lançamento da partida da Taça de Portugal frente ao Vilafranquense, com a necessidade de vender jogadores, referida na sexta-feira por um administrador executivo da SAD benfiquista, mostrou abertura em prol dos interesses do clube.
“Eu estou habituado, ao longo dos seis anos que estive no Benfica, a promover esses jogadores e a que se tivesse de os perder para os interesses coletivos do Benfica, estou preparado para isso, porque tem sido esse o apanágio ao longo dos anos e também da qualidade de quem gere essa área, que é o Dr. Domingos [Soares] de Oliveira”, afirmou Jorge Jesus, no Seixal.
O técnico voltou ainda ao assunto para referir que a gestão financeira do Benfica “tem sido o exemplo” e apresentou como prova o facto de o clube não ter tido necessidade de aplicar cortes salariais durante a pandemia para sustentar as decisões económicas do clube.
“Se acharem que o caminho melhor é essa solução [vender jogadores], nós estamos todos interessados em tomar decisões para aquilo que for melhor para o Benfica. Portanto, estou preparado para janeiro, para junho, aquilo que for melhor para o Benfica é aquilo que é melhor para mim. Não tenho dúvida nenhuma”, reforçou.
Voltando às eventuais entradas de jogadores, o técnico escusou-se a “especular” e lembrou que a única posição para a qual tem assumido publicamente que quer mais um jogador é a de defesa central, mas abriu a porta ao regresso de Gedson Fernandes, emprestado ao Tottenham, e de outros jogadores cedidos pelo Benfica que não estão a jogar com regularidade nos seus clubes.
“Quanto ao Gerson [Gedson Fernandes], não conheço muito bem, nunca trabalhou comigo. Agora, todos estes jovens que o Benfica tem, que saíram para crescer, se não jogam nessas equipas, mais vale estar no Benfica. Na minha opinião, aprendem muito mais”, disparou Jesus.
O técnico elencou mesmo os nomes de Florentino Luís (Mónaco), Jota (Valladolid), Tomás Tavares (Alavés) e “o outro menino que foi para o Moreirense” (David Tavares) como exemplos de jogadores que, não jogando, poderiam evoluir mais no clube da Luz.
Sobre o encontro de domingo, dos 16 avos da Taça de Portugal, o técnico assumiu que vai dar descanso a alguns dos jogadores mais utilizados, mas frisou que não o faz por desvalorizar o Vilafranquense, 13.º classificado da II Liga.
“Quando modificamos alguns jogadores, a minha preocupação não é o valor do adversário que vamos defrontar. É poder rodar alguns jogadores que sei que são importantes para o futuro e aqueles jogadores que têm mais jogos poder não os fatigar e não arriscar tanto em termos de lesão. Essa é a minha preocupação e não o facto de, pelo nome da equipa, achar que é mais fácil ou difícil”, frisou o treinador dos ‘encarnados’.
Nesse sentido, adiantou os nomes do defesa central Vertonghen e do avançado Everton Cebolinha como potenciais ‘candidatos’ a sair da equipa titular, além de assumir que o guarda-redes Svilar não será opção e que a baliza irá ser ocupada por Helton Leite.
O Benfica defronta o Vilafranquense no domingo, às 20:30, em partida dos 16 avos de final da Taça de Portugal que será disputada no Estádio da Luz.
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