Numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, o técnico que levou Portugal ao triunfo no Euro2016 realçou o significado de receber o prémio das mãos de Marcelo Rebelo de Sousa e de Fernando Gomes, líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“É com muita honra e orgulho que recebo este prémio. Muitos podiam ter sido os eleitos por vós e para mim é um orgulho enorme fazer parte de um rol de pessoas tão vasto e que ao longo destes 27 anos tem sido escolhido”, começou por afirmar o técnico da equipa das quinas, sublinhando: “Sinto-me pequeno ao lado de personalidades de tantos campos”.
A conquista do Campeonato da Europa, realizado em julho passado, em França, foi relembrada por Fernando Santos, nomeadamente pelos momentos partilhados com o chefe de Estado durante a prova.
“Nunca me esquecerei das suas palavras antes e depois dos jogos, nem me esqueço da sua presença constante em Marcoussis. Lembro-me sobretudo daquele jantar em que também esteve o primeiro-ministro e disse que estava entre ‘o otimista e o pessimista’. Felizmente, o pessimista venceu também”, referiu.
Os agradecimentos do selecionador nacional foram extensíveis ao presidente da FPF, a quem enalteceu a capacidade de liderança: “Não estaria aqui sem o meu presidente. Tudo o que tem acontecido, e os prémios que tenho recebido, devem-se a ele: sem a sua forte liderança eu não estaria aqui como selecionador nacional e não teria tido a possibilidade de vencer o Europeu”.
Sem deixar de salientar que o título europeu foi obra de “um coletivo muito forte”, Fernando Santos encerrou o seu discurso com a exaltação do “laço fantástico de família” que se criou no seio da seleção nacional.
Por sua vez, Fernando Gomes preferiu elogiar a “valentia” e “o valor técnico e humano” do selecionador nacional, considerando-o “um dos poucos imortais de Portugal”.
“É um momento tão justo quanto significativo. A competência, ambição, lealdade, união e superação fazem parte da nossa vida aqui, na Cidade do Futebol, também por culpa dele. Fernando Santos ajudou Portugal a acreditar num país mais valente”, disse o líder federativo.
E em jeito de desafio, o presidente da FPF lançou de imediato a ambição para novos triunfos no futuro: “Caro Fernando Santos, mereces todo o reconhecimento, mas há mais para conquistar”.
Fernando Santos foi contratado para o cargo de selecionador nacional de futebol no dia 23 de setembro de 2014, sucedendo a Paulo Bento. Em pouco mais de dois anos de trabalho à frente da seleção, o técnico, de 62 anos, liderou Portugal à conquista inédita de um Campeonato da Europa.
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