Após vencer tudo em Inglaterra, com três triunfos na ‘Premier League’, um na Taça de Inglaterra, outra na Supertaça e dois na Taça da Liga, pelo Manchester United (2003/09), e Espanha, onde ‘bisou’ na ‘La Liga’, Taça do Rei e Supertaça, pelo Real Madrid (2009/18), Ronaldo tem a hipótese de repetir o feito em Itália
Em 2018/19, na primeira época ao serviço da Juventus, o jogador luso ganhou a ‘Serie A’ e a Supertaça e, na presente temporada, tem a prova que lhe falta a um triunfo, frente aos napolitanos, numa final à porta fechada, devido à pandemia de covid-19.
Na edição transata, Ronaldo não conseguiu evitar a queda da ‘Juve’ nos quartos de final da Taça de Itália, fase em que foi batida de forma clara no reduto da Atalanta, que ganhou por 3-0 e acabou por chegar à final, perdida para a Lazio (0-2).
Desta vez, a Juventus qualificou-se, na sexta-feira, para a final, apesar de o internacional luso ter desperdiçado uma grande penalidade, já que o empate 0-0 foi suficiente, após o 1-1 de Milão, onde Ronaldo marcou, de penálti, aos 90 minutos.
O futebolista luso está, assim, a um ‘passo’ de completar o pleno de prova internas em Itália, depois de uma primeira época em que contribuiu com 21 golos para o triunfo na ‘Serie A’ e apontou o tento que valeu a vitória na Supertaça, frente ao AC Milan (1-0 a 16 de janeiro de 2019, na Arábia Saudita).
Se o conseguir, Cristiano Ronaldo repete o que também alcançou em Inglaterra, nas seis épocas ao serviço do Manchester United, de 2003/04 a 2008/09, e em Espanha, em nove temporadas pelo Real Madrid, que representou de 2009/10 a 2017/18.
Em Inglaterra, o jogador luso arrebatou a famosa ‘FA Cup’ logo na primeira temporada (2003/04), a Taça da Liga inglesa na terceira (2005/06), a ‘Premier League’ na quarta (2006/07) e a Supertaça inglesa na quinta (2007/08).
Nas duas últimas épocas pelos ‘red devils’, ganhou ainda mais dois campeonatos e outra Taça da Liga inglesa. ‘Fora de portas’, arrebatou ainda a Liga dos Campeões, em 2007/08, e o Mundial de Clubes, em 2008/09.
Seguiram-se nove anos no Real Madrid, sendo que bastaram quatro para fazer o pleno: depois de ficar em ‘branco’ na primeira (2008/09), ganhou a Taça do Rei na segunda (2009/10), ‘La Liga’ na terceira (2010/11) e a Supertaça na quarta (2012/13), estas três conquistas comandado pelo compatriota José Mourinho.
Nas últimas cinco temporadas pelos ‘merengues’, Ronaldo ganhou mais um campeonato espanhol, uma Taça do Rei e uma Supertaça.
Muito mais importante, foi o resto: quatro vitórias na ‘Champions’, mais três no Mundial de Clubes e duas na Supertaça Europeia, e o estatuto de melhor marcador do ‘maior’ clube do Mundo, com o impressionante registo de 451 golos em 438 jogos.
Depois de nove anos pelos ‘merengues’, Ronaldo ‘virou-se’ para Itália e, aos 35 anos, está muito perto de conseguir mais um registo ímpar no futebol… apenas mais um.
Cristiano Ronaldo, finais, golos e números
Pela formação de Turim, será a terceira final do jogador luso, que, em 2018/19, teve uma estreia em ‘grande’ em jogos decisivos com a camisola ‘bianconeri’, ao marcar o golo da vitória na Supertaça com o Milan (1-0).
Na presente temporada, Cristiano Ronaldo não foi tão feliz e, depois de 12 finais consecutivas em que saiu vencedor, das mais diversas formas, falhou o ‘bis’ na Supertaça de Itália, ao cair por 3-1 perante a Lazio.
A anterior derrota em finais datava de 17 de maio de 2013, dia em que o ‘seu’ Real Madrid perdeu, em pleno Santiago Bernabéu, a final da Taça do Rei, ao cair perante o rival Atlético de Madrid por 2-1, após prolongamento. Ronaldo inaugurou o marcador, mas acabou expulso.
Depois desse encontro, e até à derrota da atual temporada, o português venceu, consecutivamente, 12 finais, a primeira um ano depois, na Luz, onde se ‘vingou’ do rival madrileno no prolongamento, fixando o 4-1 final de penálti.
Na época seguinte (2014/15), ganhou mais duas, a Supertaça Europeia, com um ‘bis’ ao Sevilha (2-0), e o Mundial de clubes, face ao San Lorenzo (2-0), para, em 2015/16, voltar a superar o Atlético na final da ‘Champions’, agora na ‘lotaria’, com Ronaldo a apontar o pontapé decisivo (5-3, após 1-1).
A maior das vitórias aconteceu ainda em 2016, em Paris, onde Portugal se impôs à França na final do Europeu, graças a um golo de Éder, aos 109 minutos, num jogo que, devido a lesão, Ronaldo abandonou aos 25, em lágrimas. Sorriria no fim.
Em 2016/17, brilhou, como nunca, nos jogos decisivos, com um ‘hat-trick’ na final do Mundial de clubes, perante o Kashima Antlers (4-2 após prolongamento), e um ‘bis’ na final da ‘Champions’, face à Juventus (3-1).
Na última época pelo Real Madrid, Ronaldo ganhou mais três finais, primeiro a Supertaça Europeia, entrando a sete minutos do fim face ao Manchester United (2-1), de José Mourinho, e, depois, o Mundial de clubes, com um golo ao Grêmio (1-0).
A finalizar, no seu último encontro como ‘merengue’, em 26 de maio de 2018, ficou em ‘branco’ face ao Liverpool, num triunfo por 3-1.
Seguiu-se, em 2018/19, a vitória sobre o AC Milan na Supertaça de Itália e novo triunfo ao serviço da seleção das ‘quinas’, em 09 de junho de 2019, no Dragão, face à Holanda (1-0), na final da primeira edição da Liga das Nações.
Nas primeiras 11 finais, o balanço também foi positivo, com sete triunfos e quatro desaires, o primeiro dos quais muito doloroso, face à Grécia (1-0), em 04 de julho de 2004, na final do Europeu que Portugal organizou.
As outras derrotas aconteceram nas finais da Taça de Inglaterra de 2004/05 (4-5 nos penáltis, face ao Arsenal) e 2006/07 (0-1 após prolongamento, com o Chelsea) e na despedida do Manchester United, em 27 de maio de 2009, batido pelo FC Barcelona, de Messi, por 2-0, em Roma.
As vitórias foram mais e Ronaldo marcou nas duas primeiras, com o Milwall (3-0), na final da Taça de Inglaterra de 2003/04, e com o Wigan (4-0), na final da Taça da Liga inglesa de 2005/06, em dois jogos em que acabou substituído.
Pelos ‘red devils’, também bateu o Chelsea, na Supertaça inglesa (3-0 nos penátis, em 2007/08) e na final da ‘Champions’, num embate em que marcou no tempo regulamentar (1-1) e falhou no desempate por penáltis (6-5).
As outras vítimas foram a Liga de Quito (1-0), na final do Mundial de clubes de 2008/09, e o Tottenham (4-1 nos penáltis, após 0-0), no jogo decisivo da Taça da Liga inglesa de 2008/09.
Já pelo Real Madrid, ‘vingou-se’ de Lionel Messi, ao superar o FC Barcelona na final da Taça do Rei de 2010/11, marcando o golo da vitória (1-0), no prolongamento.
Nestas contas das finais, entram as Supertaças, mas não as disputadas em duas mãos, o que aconteceu na sua passagem por Espanha: conquistou duas, face ao FC Barcelona, e perdeu outras tantas, uma com o ‘Barça’ e outra com o Atlético.
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