“Estou feliz. Fizemos um comunicado há duas semanas. Estou feliz, mas não vou mentir sobre a situação. Os meus advogados estão confiantes e eu também. O mais importante é eu desfrutar do futebol”, afirmou o jogador português, em conferência de imprensa de antevisão da visita ao Manchester United, seu antigo clube, em jogo da Liga dos Campeões.
A primeira pergunta dirigida ao ‘capitão’ da seleção portuguesa prendia-se com uma alegada 'conspiração' de que seria vítima nos últimos dois meses, mas Ronaldo preferiu falar dos prémios individuais, como a Bola de Ouro e o ‘The Best’ da FIFA, que não conquistou nesse mesmo período de tempo.
“Não é o mais importante, não estou obcecado com os prémios individuais. Tenho de me focar nos meus últimos meses fantásticos na Juventus. A adaptação está a correr bem e a equipa é fantástica”, reforçou.
Na primeira vez que fala em público desde que foi conhecida a acusação de violação por parte da norte-americana Kathryn Mayorga, o avançado luso destacou o regresso a Manchester, sempre uma “emoção muito grande”, e elogiou José Mourinho, treinador dos ingleses, dizendo que é “muito experiente”.
Ronaldo evitou ainda falar da crise no Real Madrid, e disse que “não se pode chorar” sobre o que já passou, em referência à saída dos madrilenos, e frisou que é “feliz” por ter jogado em três clubes “fantásticos”.
No final, reforçou o quão “contente” se tem sentido em Itália, a que se tem adaptado, e disse ser “um exemplo, a 100%”, elogiando quer a ‘Juve’ quer a sua família como “fantásticos”, e admitindo que “o resto não interfere” com o seu futebol.
A Juventus visita o Manchester United pelas 20:00 de terça-feira, na terceira jornada do grupo H da ‘Champions’, depois de duas vitórias em dois jogos para os italianos e uma vitória e um empate para os ingleses.
Kathryn Mayorga, agora professora, com 34 anos, apresentou queixa contra o avançado internacional português num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.
A queixosa alega que, em 2009, foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.
A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.
O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.
Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.
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