De acordo com a cadeia britânica, a plataforma iQiyi Sports, detentora dos direitos de transmissão para a China, comunicou a decisão de não transmitir as partidas, nas quais os capitães das equipas deverão usar braçadeiras com a bandeira da Ucrânia.
Os organizadores da Premier League anunciaram também a intenção de exibir nos ecrãs dos estádios mensagens de apoio à Ucrânia, e de pedirem os espetadores que cumpram um momento “de reflexão e solidariedade”, antes do início dos encontros.
A Liga inglesa recusou-se a comentar a decisão da plataforma chinesa, que no ano passado adquiriu os direitos de transmissão do futebol inglês por três épocas, afirmando apenas que “condena de forma veemente a ofensiva russa à Ucrânia”.
Em 2019, o canal chinês suspendeu a transmissão de um jogo entre o Arsenal e o Manchester City, depois de o médio alemão Mezut Ozil ter criticado redes sociais o tratamento dado à minoria uigur.
Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia, tendo, por um lado defendido que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas, mas, por outro, sido contra as sanções impostas contra a Rússia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
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