
Lourenço, o advogado, trabalhou como secretário-geral entre 2012 e 2018, na federação, e como assessor jurídico do então presidente, Fernando Gomes, enquanto António Gameiro, doutorado em Direito, foi deputado do PS eleito cinco vezes por Santarém, tendo saído da Assembleia da República em 2023.
Estes dois são os arguidos constituídos para já, podendo haver mais, num dia em que a Polícia Judiciária (PJ) efetuou buscas em vários locais, entre eles a sede da FPF, e o diretor nacional, Luís Neves, confirmou que Fernando Gomes e o antigo diretor-geral Tiago Craveiro não são arguidos na operação.
A FPF é agora liderada por Pedro Proença, que em fevereiro deste ano sucedeu a Fernando Gomes, presidente nos últimos 13 anos e prestes a ser empossado como líder do Comité Olímpico de Portugal (COP).
As buscas estão relacionadas com a venda da antiga sede da FPF, em 2018, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por mais de 11 milhões de euros, adiantou a PJ em comunicado.
Em causa estão suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal, confirmou esta polícia.
Também em comunicado, a PJ avançou que, durante a investigação, “foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda” do edifício em questão.
Durante o dia de hoje, foram cumpridos 20 mandados de busca em casas, uma instituição bancária e sociedades de advogados localizados nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.
A investigação, que teve início em 2021, está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e vai continuar “com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias”.
O edifício da sede da Federação Portuguesa de Futebol foi vendido em 2018, altura em que Fernando Gomes era presidente da FPF, cargo que deixou em fevereiro deste ano, sendo sucedido por Pedro Proença, e toma hoje posse como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).
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