Os três golos de Raúl de Tomás em 17 jogos ao serviço do SL Benfica foram muitas vezes antecedidos, na imprensa nacional e espanhola, da palavra 'apenas'. De facto, era de estranhar que o ponta de lança estivesse com tantas dificuldades em encontrar o caminho para o fundo da baliza durante o período em que envergou a camisola das águias, sobretudo tendo em conta os 38 golos marcados nas duas épocas ao serviço do Rayo Vallecano.
Quando se soube da saída do homem que nas costas enverga apenas três letras, RDT, sigla pelo qual é conhecido, Bruno Lage, treinador dos encarnados lamentou "não ter tirado rendimento dele" revelando que, apesar da experiência menos bem conseguida, continuava a "acreditar que o Raúl é um grande jogador".
Com uma diferença de pouco tempo das declarações do seu antigo timoneiro, de Tomás, nas primeiras palavras já como jogador do clube da Catalunha, assumiu ter perdido parte da sua essência nos últimos meses em Portugal, assumindo que desde que voltou ao seu país natal, em poucas horas, recuperou tudo o que perdeu.
Mas da ambição de um jogador recém-chegado às provas dadas vai um caminho muito distante. Caminho esse que RDT não quis percorrer estreando-se a marcar logo no primeiro jogo oficial com o Espanyol, frente ao San Sebastián Reyes, a contar para a segunda ronda da Taça do Rei. Entrou aos 61 minutos e aos 85 fez balançar as redes com um golo que selou a vitória dos catalães.
Este domingo, perante um adversário de outra envergadura, o Villarreal, estreou-se a titular e marcou o segundo golo da turma de Barcelona quer permitiu que o Espanyol vence-se o jogo por 1-2 e amealhasse os três pontos necessários na luta pela manutenção no principal divisão do futebol espanhol.
Esta é a essência que RDT recuperou:
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