Comecei a ler um livro que diz que devemos ir de férias antes de termos vontade, ou seja, antes de estarmos de tal forma exaustos que as férias parecem uma miragem, ao longe e, sobretudo, antes dessa exaustão nos impedir de apreciar o melhor das férias.
Todos sabemos que procurar um novo emprego é um trabalho a tempo inteiro mas, o que ninguém sabia, é que isto de procurar uma agulha num palheiro - perdão - procurar casa, ou seja, um imóvel habitável, em Lisboa, com um preço aceitável, é tarefa para nos tirar anos de vida, ocupando dias inteiros, c
Aviso à navegação: somos todos preconceituosos. Em relação aos grandes, e aos pequenos temas da vida, há sempre uma pequena fracção do nosso pensamento baseado num julgamento prévio, muitas vezes irracional, completamente incontrolável e subliminar.
Um detox digital temporário pode ser uma primeira solução para uma vida assoberbada de ecrãs e notificações, contrariando a nomofobia (o medo de estar incomunicável) e o que McLuhan dizia, provando que sabemos viver sem estes apêndices electrónicos e que o FOMO (fear of missing out) passa a ser um N
Creio que nunca vos contei mas, na verdade, não gosto de trabalhar. Gosto de fazer as coisas de que gosto e para as quais raramente me pagam. A isso não se chama trabalhar porque o trabalho supõe uma remuneração. Sou muito boa, mesmo muito boa a fazer as coisas de que gosto e péssima a protelar algu
Numa semana recheada de temas quentes e outros que só servem para nos distrair dos mais quentes de todos, que podem pôr em causa muitas das instituições e estruturas que damos como certas, a eutanásia, tema controverso, algo abstracto na sua essência, pela forma como filosoficamente questiona a natu
Contrariamente ao habitual, este não é exactamente um artigo de opinião porque não faltam opiniões a circular sobre o tema e, opiniões, são como os chapéus. Há muitas.
A cultura não é de todos e para todos. É dos que fazem parte de um certo círculo de privilegiados que determina o que é cool, que também é válido para outras áreas e negócios.
Paradoxalmente, escrevo isto no dia do Trabalhador. Nunca, como hoje, se trabalhou tanto e nunca, como agora, se questionou tanto o trabalho. O tema tem abordagens diferentes, relacionadas entre si: o propósito, as organizações e a satisfação em relação ao trabalho.
Lisboa está na moda e muito cara. Simultaneamente, é muito cool passear na Baixa e no Chiado e blá, blá, blá. O resto já conhecem: multiplicam-se os relatos sobre o aumento do turismo na cidade e suas relações com o aumento da procura de casas, despejos e habitações transformadas em alojamentos loca
São muitas as pessoas que partilham a sua vida nas redes sociais, acreditando abdicar um bocadinho da sua privacidade a favor de um bem maior: a expansão das suas relações. Afirmam, muitas vezes, que quem quiser pode saber quase tudo sobre as suas vidas, exposta nestes sites, principalmente no Faceb
Hoje é segunda-feira e não há #casadocais, essa série que rapidamente nos conquistou e viciou. Para quem não sabe, a Casa do Cais é uma série de ficção desenvolvida no RTP Lab, uma abordagem mais experimental do operador público.
Um pouco por todo o mundo celebra-se um dia que deveria ser todos os dias e, dessa forma, dispensaria um dia especial. Acredito que o empoderamento feminino tem de acontecer diariamente e que a discussão em torno do eterno feminino se deve fazer, também, todos os dias, com medidas e acções que, efec
Nunca me assumi como especialista na matéria e, talvez por isso, sempre que escrevo sobre o mercado de trabalho o faça de coração aberto. Acabo de me cruzar com um artigo, já antigo, do Expresso, que revela exatamente o que venho afirmando ao longo o tempo: a escravatura moderna, a produtividade e o
Há uma semana, escrevia sobre o amor, nas suas várias formas e, confesso, há muito que não tinha tanto prazer na escrita. Quem se dedica a um projeto como o urbanista tem de o fazer por amor, caso contrário, desiste ao fim de pouco tempo. O amor por aquilo que fazemos contribui para o nosso bem-esta
Para quem me conhece, explicar as razões pelas quais me apaixonei pela rádio implica repetir-me à exaustão. Há anos que o tema é sempre este pelo que começo a não saber explicar o óbvio.
Um dia, quando percebi que os maiores cromos da tecnologia não permitiam que os filhos crescessem rodeados de aplicações e ecrãs tácteis, pensei que saberiam, melhor do que qualquer um de nós, o que estariam a fazer.
O ano começa com um "big no" em relação ao sexismo, um discurso de Oprah Winfrey nos Globos de Ouro, a par com denúncias várias sobre assédio e desrespeito, e a esperança, sempre, num mundo melhor. Um pouco por todo o mundo, as mulheres resistem, reclamam e unem-se em torno de uma causa comum, que s
No início de cada novo texto há (quase) sempre dois sentimentos que se misturam: a alegria na partilha de novas ideias e a auto-censura que nos inflige cada vez mais, fruto de um intenso (e por vezes despropositado) escrutínio, associado a uma vigilância ao estilo vigilant, aquela palavra em inglês
Dizia Noelle Neuman que os indivíduos tendem a calar-se quando a sua opinião é diferente da dos outros, num processo que os leva a seguir a opinião maioritária até que esta se torne prevalecente, ignorando as restantes opiniões. Ou seja, há, muitas vezes, um elefante na sala que ignoramos deliberada
Ninguém nasce ensinado e, na verdade, a sociedade encarrega-se disso a partir do momento em que nascemos, mostrando-nos o certo e o errado, o aceitável e o inaceitável, o poder e o dever. Esquecendo-se, contudo, do pormenor fundamental que reside na natureza de cada indivíduo, que faz a diferença e