“Será realizado amanhã, segunda-feira 28 de fevereiro, um voo de apoio ao regresso de cidadãos portugueses e luso-ucranianos que saíram da Ucrânia nos últimos dias, sob organização da Embaixada em Kiev e alguns também por meios próprios, e que se encontram na Roménia”, indica o ministério em comunicado.
Segundo o MNE, o voo partirá de Lisboa com destino à Roménia, onde está um grupo de cerca de 50 pessoas, e regressará a Lisboa no mesmo dia com parte deste grupo.
“Outros elementos viajarão para Portugal pelos seus próprios meios e ficarão no terreno elementos da embaixada de Portugal na Ucrânia”, acrescenta o ministério liderado por Augusto Santos Silva.
De acordo com o comunicado, a hora do voo, que será operado pela TAP, “será divulgada oportunamente, aguardando-se o término de preparativos operacionais”.
O ministério recorda que “os cidadãos que saiam da Ucrânia e que desejem vir para Portugal devem contactar as embaixadas de Portugal dos países de trânsito, para atualizar a informação relativa à sua localização e para que possa ser-lhes prestado o apoio de que necessitem.
O Portal das Comunidades e a página da embaixada de Portugal em Kiev são regularmente atualizados com informação relevante, acrescenta o gabinete.
No sábado, em declarações à Lusa, Augusto Santos Silva disse que cerca de 50 portugueses tinham saído da Ucrânia nas últimas horas nas missões organizadas pela embaixada portuguesa em Kiev e que seriam repatriados nas próximas horas.
“Esta meia centena de pessoas, exatamente são 48, já saíram, já estão fora do território ucraniano e concentrar-se-ão na Roménia”, disse o ministro à Lusa no sábado, precisando que 35 já estavam em território romeno e 13 na Moldova, dado que foram organizadas duas viagens separadas.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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