De acordo com o Expresso, quem trabalha na linha da fronteira opta por morar em Espanha e trabalhar em Portugal devido à diferença dos preços da habitação entre os dois países.
A título de exemplo é referida a grande diferença a sul: no Algarve uma casa pode ser arrendada por 600€ mensais, enquanto passando a fronteira este valor cai para metade, pelo que "as idas e vindas" se tornam mais rotineiras. Num caso mais extremo, viver num num condomínio com piscina, jardins e campo de jogos é possível por cerca de 450€ em Espanha, o que do lado de cá rondaria nunca menos do que 650€.
Mas o que provoca este fenómeno? Em Ayamonte, na Andaluzia, muitos dos edifícios que estavam previstos para turismo e ficaram abandonados devido à crise "começam agora a ser recuperados e acabados", diz o jornal, pelo que assim são colocados no mercado a preços convidativos — a que se juntam os já sabidos preços de alguns produtos, como o combustível e até os carros.
Além disso, fazer vida entre os dois países da Península Ibérica tem poucas burocracias: apenas é necessário o registo na autarquia espanhola em causa e o registo fiscal se o período de residência for maior do que 183 dias.
Também no que diz respeito à compra de casa os valores são bastante diferentes. Mais a norte, em Orense, perto de Chaves, uma habitação pode custar cerca de 44 mil euros — face aos 120 mil do lado português. O mesmo acontece na região de Vigo, onde apartamentos de 170 m2 rondam os 39.500€.
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