"Temos 13 estudantes na província de Wuhan, estamos a acompanhar a situação e há hipótese de esses estudantes voltarem para Cabo Verde, conforme a situação evoluir. Mas nós já estamos a equacionar isso. Já estamos a criar planos para organizar o regresso deles, já temos informações que a sair, sairão junto com os portugueses", afirmou Domingos Teixeira.
O responsável falava no dia em que foi criada uma equipa técnica de intervenção rápida, que realizou a sua primeira reunião, na cidade da Praia, para coordenar a implementação de medidas internas de prevenção, deteção precoce de casos suspeitos de coronavírus.
O diretor do Serviço de Vigilância e Resposta às Epidemias revelou que essa foi a medida mais urgente saída da reunião da equipa de intervenção rápida, que agora vai elaborar uma recomendação e orientação sobre a forma de retirada dos estudantes da China.
"Está sendo trabalhado pela equipa, já sabemos o número de estudantes, já temos uma ideia mais ou menos como é que eles virão", prosseguiu Domingos Teixeira.
Cabo Verde conta com 350 estudantes na China, que não registam casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo os em isolamento na cidade de Wuhan.
Na segunda-feira, o Governo português manifestou a intenção de retirar por via aérea os cerca de 20 portugueses retidos em Wuhan, cidade chinesa onde teve origem o surto de coronavírus que matou já mais de 100 pessoas no país e entretanto colocada sob quarentena.
Num comunicado dirigido aos portugueses que residem na cidade, a embaixada de Portugal esclarece que iniciou "de imediato todos os passos" para proceder à retirada por via aérea, recorrendo a um avião civil fretado os “vá buscar a Wuhan” e dali os leve “diretamente para Portugal".
A equipa técnica de intervenção rápida de Cabo Verde é multissetorial e inclui o ministério e as delegacias de saúde, polícias, aeroportos, alfândegas, entre outas entidades, explicou o diretor de serviços.
Segundo Domingos Teixeira, as autoridades cabo-verdianas já têm um plano de contingência, que vai contemplar a realização de ações nas entradas do país (portos e aeroportos), nas estruturas de saúde, nas comunidades e aos profissionais de saúde.
O responsável avançou que o país ainda não tem recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para restringir a movimentação de pessoas, mas que os pontos de entrada do país serão controlados para diminuir os riscos.
Domingos Teixeira salientou a ainda a importância da prevenção e proteção em caso de algum sintoma.
A China elevou para 106 mortos e mais de 4.000 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
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