O vereador do PS deu hoje a indicação do abandono de funções no período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo liderado por Carlos Chaves Monteiro (PSD).
Na sessão, que foi aberta ao público, Eduardo Brito justificou a decisão com "razões de ordem política", alegando que "uma parte substancial" do trabalho que previa fazer como vereador "está concluída".
Explicou que prometeu levar o mandato até ao fim, mas "a realidade e as necessidades da Guarda" obrigam à decisão de abandonar as funções na última sessão camarária de 2019.
No final da reunião, o socialista disse aos jornalistas que, não sendo candidato à liderança da Câmara Municipal nas eleições autárquicas de 2021, não faz sentido "levar o mandato até ao fim".
A decisão, que já comunicou aos órgãos locais do PS, é tomada por reconhecer que o partido "está hoje em condições de igualdade com o PSD" para ganhar as próximas eleições.
Referiu que, a continuar como vereador, estaria a "atrapalhar" a escolha do futuro candidato socialista à maior autarquia do distrito da Guarda, que, em 2013, passou a ser liderada, pela primeira vez, pelo PSD.
Na sua opinião, neste momento, "o mais importante é a construção da alternativa para o PS reconquistar" a Câmara da Guarda.
Eduardo Brito disse ainda que deixa o lugar de vereador para existir "grande liberdade de escolha, sem grandes constrangimentos", de "uma liderança" para a autarquia.
O presidente do município, o social-democrata Carlos Chaves Monteiro, manifestou "a maior solidariedade e o maior reconhecimento pelo exercício do mandato que [Eduardo Brito] fez nestes dois anos".
O autarca destacou ainda a "capacidade e valor" com que o socialista desempenhou o cargo de vereador.
Eduardo Brito, que nas eleições autárquicas de 2017 foi o candidato do PS à presidência da autarquia da Guarda, deverá ser substituído no executivo por Manuela Simões, que é o nome que se segue na lista de candidatos socialistas.
Em julho, também se demitiu o vereador socialista Pedro Fonseca.
Pedro Fonseca, que também era líder distrital do partido, demitiu-se de ambos os cargos por a proposta da distrital de candidatos às eleições legislativas ter sido chumbada pela Comissão Política Distrital do PS da Guarda.
O socialista Pedro Fonseca foi substituído no executivo municipal por Cristina Correia.
O PSD detém a maioria no executivo municipal da Guarda com cinco eleitos e o PS tem apenas dois.
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