
“Nós não estamos aqui com históricos. Nós não queremos estar com históricos, nós queremos olhar para o futuro. Eu não quero dar a Portugal um passado, esse, Portugal já tem”, afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas no arranque de uma arruada em Santarém, no segundo dia da campanha para as eleições legislativas de 18 de maio.
O líder do Chega defendeu que “Portugal precisa de futuro” e que tal não se consegue “com históricos”.
“Eu quero ser o primeiro-ministro do futuro”, indicou.
O presidente do Chega tinha sido questionado sobre a presença de quase todos os ex-líderes do PSD, incluindo Passos Coelho, Cavaco Silva, Marques Mendes e Rui Rio, num almoço de aniversário do partido, na terça-feira.
Sobre Pedro Passos Coelho, André Ventura assinalou, “independentemente da amizade” entre os dois, que o antigo líder de Governo social-democrata “teve o seu tempo”.
“Foi primeiro-ministro entre 2011 e 2015, eu quero ser primeiro-ministro de 2025 para a frente”, salientou.
Na ocasião, Ventura disse também discordar da avaliação que o antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva fez do atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, e estranhou o porquê de a ter feito agora.
“É estranho o professor Cavaco Silva estar tão empenhado nestas eleições, quando não esteve noutras”, defendeu o presidente do Chega, considerando que “é sinal de que quer levar o seu pupilo à vitória outra vez”.
André Ventura afirmou que o antigo chefe de Estado “não pode dizer que a ética de Montenegro está inatacável e está inabalável”, pois “não está a avaliar bem Luís Montenegro”.
Cavaco Silva escreveu hoje um artigo de opinião no jornal ‘online’ Observador, no qual reiterou a defesa da postura ética e moral de Luís Montenegro, assim como da sua superioridade técnica e política relativamente aos outros líderes partidários.
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