Questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à SISAB 2019, salão internacional do setor alimentar e bebidas que decorre em Lisboa, Jerónimo de Sousa reiterou a posição do partido sobre a Venezuela: “O que está em causa é o direito à soberania de um povo e o povo venezuelano tem direito a decidir sem ingerências, sem ameaças”.
“A opinião pública que considerava que o sr. Trump era um maluco perigoso, de repente passa a ser um senhor imperial, que disse avançar para ameaçar aquele povo, mesmo à revelia da maioria da opinião da comunidade internacional”, afirmou.
Para Jerónimo de Sousa, quer os Estados Unidos quer o seu Presidente “não estão nada preocupados com a democracia e a ajuda humanitária”, mas com a tentativa de aproveitar os recursos da Venezuela.
“A Venezuela tem petróleo para 300 anos e o maior filão do mundo, é isto que anima o sr. Trump e não qualquer sentimento humanitário”, defendeu.
O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamou-se em 23 de janeiro Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013 denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.
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