
“Eu não ouvi (as declarações de Pedro Nuno Santos), mas estou concentrado, desde o início desta pré-campanha, deste processo eleitoral, em continuar a dar às portuguesas e aos portugueses respostas aos seus reais problemas que sentem todos os dias e que querem ver ultrapassados”, disse Montenegro.
“Portanto, é nisso que me vou continuar a concentrar”, reforçou.
Luís Montenegro falava aos jornalistas no Funchal, antes de discursar na apresentação dos candidatos da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo da Madeira às eleições legislativas de 18 de maio, que decorreu no Mercado dos Lavradores.
Esta manhã, na conferência Fabrica 2030, promovida pelo jornal Eco, em Lisboa, Pedro Nuno Santos disse esperar que “não seja necessário” haver uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.
“Tenho expectativa de que, até ao final da campanha eleitoral, consigamos esclarecer o que há ainda para esclarecer”, disse o socialista.
No Funchal, Luís Montenegro não quis comentar e também não fez referência à situação no seu discurso na sessão de apresentação dos candidatos pela Madeira, mas considerou que a atual crise política resulta de a oposição não querer garantir estabilidade no país.
“Nós estamos hoje numa crise política, que se vai resolver daqui a quase quatro semanas, nem tanto, mas uma crise política que só existe porque a oposição não quis garantir a estabilidade que nós conquistamos com o trabalho diário no Governo”, afirmou, para logo reforçar: “Num ano, nós tivemos mais crescimento económico do que a média dos países da União Europeia, nós tivemos um resultado orçamental melhor do que a grande maioria dos países da União Europeia e nós aprovámos tudo aquilo que era essencial, incluindo o Orçamento do Estado".
O líder social-democrata, também primeiro-ministro do Governo de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que a oposição está com receio bom desempenho do executivo, agora em gestão.
“Nós só fomos para eleições porque a oposição teve receio do sucesso do Governo e pensou mais em si própria, no seu interesse partidário, do que no interesse das pessoas”, disse.
Considerando que o Governo da AD fez mais em 11 meses do que os governos liderados pelo PS em oito anos, Luís Montenegro enumerou várias medidas tomadas pelo seu executivo, como a redução de impostos, a atualização das pensões, o aumento da comparticipação dos medicamentos e, por outro lado, assegurou que vai continuar recuperar o Serviço Nacional de Saúde e a desenvolver medidas de apoio à escola pública e à mobilidade.
“Há uma coisa que é preciso dizer frontalmente às portuguesas e aos portugueses: nós temos ainda muita pobreza em Portugal, nós temos cerca de dois milhões de portugueses no limiar da pobreza e, não fossem as prestações sociais, seriam quatro milhões”, afirmou, adiantando que “só se combate a pobreza criando riqueza”.
“Não se combate a pobreza como andaram a fazer nos anos que nos antecederam, a enganar as pessoas e a fazer e a fazer de conta que se criava riqueza”, avisou.
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