“Recebemos com satisfação a decisão tomada hoje pela Áustria, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Finlândia, França, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido de reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela”, afirma Pompeo, em comunicado.
O secretário de Estado norte-americano congratula-se ainda pela resolução do Parlamento Europeu, de 31 de janeiro, que reconhece Juan Guaidó como Presidente interino do país.
“Estas nações unem-se aos Estados Unidos e a mais 23 outros países no reconhecimento de Juan Guaidó como Presidente interino, de acordo com a Constituição da Venezuela”, sublinha Pompeo.
“Encorajamos todos os países, incluindo outros membros da União Europeia, a apoiar o povo venezuelano, reconhecendo o Presidente interino Guaidó e apoiando os esforços da Assembleia Nacional para devolver a democracia constitucional à Venezuela”, acrescenta o responsável.
Pompeo dirige-se ainda “às forças militares e de segurança venezuelanas para apoiar a Constituição do seu país e proteger todos os cidadãos venezuelanos, incluindo o Presidente interino Guaidó e sua família, bem como os cidadãos dos EUA e outros estrangeiros que estão na Venezuela”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, anunciou hoje que Portugal reconhece e apoia a legitimidade de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
“Portugal reconhecerá e apoiará a legitimidade do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como Presidente interino, nos termos constitucionais venezuelanos, com o encargo de convocar e organizar eleições livres, justas e de acordo com os padrões internacionais”, disse o ministro numa conferência de imprensa em Lisboa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, informou que acompanha a decisão do Governo.
Portugal e outros 18 países da União Europeia assinaram hoje uma declaração conjunta de reconhecimento a Juan Guaidó, presidente da Assembleia nacional, como “presidente interino da Venezuela” com o objetivo de convocar “eleições presidenciais livres, justas e democráticas”.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos da América e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, maioritariamente da oposição, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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