As vendas de veículos utilitários desportivos, ‘minivans’ e ‘sedans’ no maior mercado automóvel do mundo caíram 20,2%, em relação ao mesmo mês no ano anterior, para 1,6 milhão de unidades, segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.
“As empresas estão sob enorme pressão”, admitiu a Associação em comunicado.
A indústria sofreu, assim, o impacto da decisão de Pequim de prolongar o feriado do Ano Novo Lunar, que este ano calhou em 24 de janeiro, visando evitar a propagação do vírus, designado Covid-19, e que ditou o encerramento de fábricas e concessionárias.
Em 2019, as vendas de automóveis caíram pelo segundo ano consecutivo na China, à medida que a guerra comercial com Washington e a desaceleração da economia chinesa afetaram a confiança do consumidor.
“No curto prazo, a produção e as vendas de automóveis serão muito afetadas”, previu a associação.
“O sistema de fornecimento de componentes será também interrompido”, advertiu ainda.
A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa.
A China concentra 27% da produção mundial de automóveis, face a 7% em 2003, quando enfrentou um surto de pneumonia atípica. O encerramento de fábricas no país constitui assim um entrave na cadeia de produção global de componentes automóveis.
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