Em comunicado, a ANEM critica o facto de o número de vagas ser “bastante inferior ao número de médicos candidatos” o que significa que “o número de médicos que ficarão sem acesso a especialidade será sempre muito superior” ao de 2017.
“A ANEM lamenta que se continue a promover em Portugal a formação de médicos indiferenciados e consequentemente o comprometimento da capacidade de proteção dos doentes e a degradação da qualidade e sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”, lê-se na nota.
Segundo a ANEM, é necessário planeamento e investimento e não continuar a formar médicos acima da capacidade de integração.
“Um médico sem especialidade é um médico que não completou a sua formação clínica. É um médico que viu as suas legítimas expectativas defraudadas por um sistema que, ao não mudar estas políticas, está a servir mal os doentes”, segundo Edgar Simões, presidente da ANEM.
A associação lembra que já entregou ao Governo uma proposta para resolução do desfasamento, que passa pela redução do 'numerus clausus' de forma gradual, destacando que há excesso de alunos nas faculdades e falta de vagas para formação especializada.
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